Médicos e enfermeiros recebem capacitação sobre tuberculose e hanseníase

Saúde
04/01/2005 11h50
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Na intenção de ampliar as ações de controle da tuberculose e hanseníase, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está capacitando médicos e enfermeiros das equipes do Programa de Saúde da Família (PSF). O treinamento está sendo feito pela Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Covepi) e pretende, até o final do mês, capacitar todos esses profissionais que atuam nas unidades de saúde do município. A primeira turma foi iniciada ontem. Através da discussão de casos clínicos, teorização do tema e plenárias, a capacitação permite que as equipes de PSF estabeleçam um maior contato entre si e com a coordenação. “Isso acaba facilitando o trabalho, pois quando se estabelece uma sintonia de objetivos, aumenta a chance de captação de pacientes e descentraliza as ações de diagnóstico da doença”, diz o responsável técnico pelo Programa de Tuberculose e Hanseníase, Marco Aurélio Góes. No caso da hanseníase, até o ano de 2000 todos os pacientes que apresentassem sintomas dessa doença somente eram tratados no Centro de Referência de Hanseníase, serviço ligado ao Centro de Especialidades Médicas – Cemar Siqueira Campos. Hoje, mais de 50% dos casos são tratados pelas equipes de PSF. “Apenas os casos mais graves, que necessitam de um especialista, são encaminhados ao Centro de Referência”, completa Marco Aurélio. Com essa capacitação, a Saúde Municipal também busca implementar na Rede de Atenção Básica o tratamento supervisionado para tuberculose, no qual o paciente é acompanhado pela equipe desde o primeiro atendimento. Após o treinamento dos médicos e enfermeiros, a Covepi fará uma segunda etapa com os agentes comunitários de saúde e demais profissionais das unidades. A tuberculose e hanseníase estão entre as principais endemias da cidade. Até o dia 30 de dezembro de 2004 foram registrados, respectivamente, 207 e 245 casos. Segundo Marco Aurélio, o número é ainda considerado grande. A idéia é que as ações estejam voltadas para o aumento da possibilidade de cura. Dos casos registrados em 2003, a Covepi conseguiu resolver 81%. No ano anterior esse dado era de 75%. “Estamos trabalhando para que esse percentual cresça”, finaliza.