Prefeitura assegura qualidade dos alimentos ofertados nas unidades socioassistenciais

Assistência Social e Cidadania
16/08/2021 18h00

Para assegurar a qualidade dos alimentos ofertados nas unidades socioassistenciais da Proteção Social Especial (PSE) de Alta Complexidade da Prefeitura de Aracaju, a Gerência de Segurança Alimentar e Nutricional (GSAN), da Secretaria Municipal da Assistência Social, atua no controle da qualidade de gêneros e produtos alimentícios e participa de inspeções sanitárias.

A partir de uma parceria entre a Assistência Social de Aracaju e a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias), a Prefeitura fornece quentinhas para a população em situação de rua da capital sergipana assistida pela administração municipal nos abrigos provisórios na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) General Freitas Brandão e antigo Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Terezinha Meira e no Centro POP.

De acordo com a gerente da Segurança Alimentar e Nutricional da Assistência Social, nutricionista Leila Gomes, para que os alimentos sejam consumidos pelos usuários são cumpridas algumas etapas.

“As comidas são porcionadas quando o motorista chega ao Restaurante Popular Padre Pedro. Depois, são transportadas em uma caixa de isopor para manter a temperatura e servidas assim que chegam aos alojamentos. O mesmo procedimento é adotado para os usuários do Centro POP ao chegarem no local para a retirada. Nosso papel é fiscalizar a qualidade das refeições que chegam às unidades. Fazemos visitas contínuas no Padre Pedro para acompanhar a montagem, aferição de temperatura, embalagem, transporte e distribuição. Com a escuta qualificada sobre opiniões dos usuários, damos sugestões de melhorias”, explica.

A nutricionista ainda reforça que outros alimentos são oferecidos, além do almoço e do jantar. "Encaminhamos também os lanches, como biscoitos, sucos e frutas, fornecidos através da nossa licitação de alimentos na qual os fornecedores entregam diretamente nos abrigos”, completa Leila.

Segurança alimentar

Diferente de um nutricionista clínico, que elabora dietas para um único indivíduo, a equipe da GSAN, composta por nutricionistas sociais e estagiários, tem a função de coordenar supervisionar, avaliar os serviços de nutrição, prestar assistência dietoterápica (ciência da nutrição que se dedica às dietas específicas para cada enfermidade) e promover a educação alimentar e nutricional para a coletividade.

Eles também elaboram cardápios, respeitando as necessidades nutricionais e restrições alimentares dos usuários e fazem o planejamento de licitações com alimentos que respeitem o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), garantindo assim, a Segurança Alimentar e Nutricional dos acolhidos.

Nutricionista da Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional (CSAN) da Seias, Angelina Rodrigues atua como fiscal da empresa terceirizada que fornece refeições à população no Padre Pedro, situado na região central da cidade. Segundo ela, são entregues cerca de 1.750 quentinhas diariamente.

“Prezamos sempre pela qualidade da refeição, a higienização do alimento, o manuseio correto de funcionários, monitoramento da quantidade e do restaurante como um todo para mantermos a organização. O cardápio é montado por uma nutricionista da empresa que passa pela nossa análise no qual certificarmos que está de acordo com as normas da nutrição. Observamos a harmonia do prato, os seus aspectos nutricionais e provamos as refeições antes de serem fornecidas. Levamos em consideração ofertar o que eles gostam de comer, de forma adaptada ao paladar do nosso público”, detalha a nutricionista.

Angelina destaca que o trabalho em equipe beneficia o público-alvo. “É uma parceria muito boa porque as meninas sempre trazem as demandas delas para nós e tentamos adequar. São trabalhos desenvolvidos com muita união entre a empresa, nós, nutricionistas do Estado e Município, e técnicos visando ofertar uma melhor refeição possível”, avalia.

A Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional garante a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.