Capacitações profissionais impulsionam desenvolvimento do Santa Maria e 17 de Março

Agência Aracaju de Notícias
24/08/2021 13h00

Ao longo de um ano, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio do Projeto de Trabalho Social (PTS) do Programa de Requalificação Urbana “Construindo para o Futuro”, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), realizou uma série de cursos profissionalizantes voltados, especificamente, para as comunidades do Santa Maria e do 17 de Março, bairros que estão recebendo obras provenientes do programa.  

Na semana passada, a Prefeitura concluiu mais um ciclo de nove cursos que beneficiaram 135 pessoas. Foram cursos a exemplo de Liderança Comunitária, Pallet, Comunicação Digital, Formatação de Computadores, Instalação de Sistemas Operacionais e Aplicativos, Cuidador de Idosos e Garçom, além de oficinas como de Produção de Currículos e Orientação de Técnicas de Entrevista de Emprego.

A iniciativa que envolve a integração de diversas secretarias e órgãos municipais tem como principal foco estimular as potencialidades de cada comunidade, frente aos avanços urbanísticos que estão realizados, como destaca a diretora de Gestão Social da Habitação da Assistência Social de Aracaju, Rosária Rabelo.

“Toda a liberação de financiamento exige que exista compensações para as famílias afetadas com a execução das obras. No que diz respeito ao Santa Maria e ao 17 de Março estão sendo instalados alguns equipamentos, como a maternidade, praças, entre elas seis que serão voltadas para a primeira infância. Neste caso, o trabalho social tem por finalidade atuar juntos a essas famílias a preservação desses equipamentos que são patrimônios da própria comunidade, que as famílias irão usufruir, portanto, precisamos despertar nessas famílias esse sentimento de pertencimento”, afirma Rosária que ressalta, ainda, a ação de prestar suporte à comunidade para que siga se desenvolvendo. 

“Cabe nesse trabalho estarmos identificando quais as potencialidades das famílias que ali residem para que possamos estimular e desenvolver cada vez mais essas potencialidades do ponto de vista da empregabilidade, do empreendedorismo, geração de emprego e renda”, completa a diretora. 

De acordo com a assistente social e técnica responsável pelos projetos de trabalhos sociais da Diretoria de Gestão Social da Habitação da Secretaria da Assistência Social de Aracaju, Bárbara Alcântara, o PTS possui três eixos principais que norteiam os trabalhos: “mobilização e fortalecimento social; desenvolvimento econômico, que tem a ver com geração de trabalho, renda e capacitação das comunidades; e educação ambiental e patrimonial. A partir desses eixos, são realizadas as atividades sociais”, elenca. 

Conforme a assistente social, para o desenvolvimento do projeto, foi feito um diagnóstico prévio dessas comunidades para entender a realidade em que estão inseridas.

“Tivemos várias reuniões com as comunidades e, de acordo com o diagnóstico, pudemos ter uma noção palpável das demandas dessas populações e, assim, desenvolver atividades que estivesse em harmonia com essa realidade e necessidades das pessoas. O foco é justamente ofertar ações que proporcionem meios para que as comunidades tenham autonomia”, ressalta Bárbara. 

Para desenvolver a obra financiada pelo BID, parte dos recursos é destina a essas ações sociais. Nesse contexto, a Diretoria de Habitação elaborou o projeto e iniciou um processo licitatório, o qual tinha por finalidade desenvolver essas ações. Assim, o Centro de Pesquisa, Consultoria e Estudos de Mercado (Cepecem) venceu o processo e, hoje, atualmente, dá vazão a esse trabalho junto às comunidades. 

“Nosso foco é desenvolver atividades baseadas nos eixos elencados no PTS. Entramos no 12º mês de execução do projeto e boa parte das ações já foram realizadas. Os cursos são um dos pontos mais importantes dessa trajetória. O trabalho social tem como objetivo garantir direitos sociais e uma das consequências é dar mais qualidade de vida a essas pessoas e fazê-las compreender que são capazes de se desenvolver, de obter melhorias profissionais, fomentando, assim, a autoestima das comunidades”, reforça a representante da Cepecem, Renata Góis.