Saúde de Aracaju participa de oficina em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

Saúde
25/08/2021 17h00

Nesta quarta-feira, 25, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Programa Saúde da Mulher, que vem construindo a Linha do Cuidado LBTQIAP+ no Município, participou de uma oficina no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Enedina Bomfim, no bairro América, realizada em alusão ao dia 29 de agosto, data em que se comemora o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica.

“Debatemos sobre como as mulheres lésbicas são vistas e tratadas na sociedade, pontuando questões como lesbofobia, preconceito e invisibilidade, a partir das vivências das participantes e dos seus relatos de experiência. Continuando nossa programação, no dia 29, teremos a XX Parada do Orgulho”, explica o assessor técnico LGBTQIAP+ da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semfas), Marcelo Lima de Menezes.

A apresentação da oficina teve debate com a equipe do Programa de Redução de Danos (PRD), da SMS. “O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é comemorado e reconhecido no dia 29 de agosto. A data foi criada em 1996, e o mês de agosto é voltado não somente para destacar a existência da mulher lésbica, mas também para evidenciar os debates sobre as violências sofridas por elas, e as pautas que a militância lésbica reivindica”, enfatiza a redutora de danos Edinalva da Silva Monteiro.

Para a redutora de danos e psicóloga Camila Calaça de Sá, o encontro serviu também para debater sobre a questão das violências e desigualdades sofridas pelas mulheres. “As nossas falas em defesa da mulher e, principalmente, da mulher lésbica se devem ao fato das desigualdades sociais, misoginia e o patriarcado estarem presentes ainda nas relações, principalmente nessas relações de poder, em que nos submetem a diversas formas de violência. Então, levantar a bandeira, provocar a visibilidade, que por muito tempo foi apagada, dentro e fora do próprio movimento LGBTQIA+, é fundamental para que possamos ter políticas públicas que gerem equidade”, orienta.

De acordo com a área técnica do Programa Saúde da Mulher da SMS, Jaqueline Silva, é muito bem-vinda toda possibilidade de discussão sobre temas que são considerados tabus, temas muitas vezes ocultados e invisibilizados.

“Estamos com um projeto em criação para o público LGBTQIA+, no qual estamos trabalhando a linha do cuidado, a capacitação dos profissionais, os fluxos de acompanhamento, sempre com o intuito da inclusão. A política pública garante os direitos sociais e os direitos humanos. Esse espaço de debate, de visibilidade, de conversa respeitosa, busca integridade e é extremamente importante”, disse Jaqueline.