Retorno das aulas presenciais em Aracaju é marcado por acolhimento e novos hábitos

Agência Aracaju de Notícias
13/09/2021 17h20

Por causa da pandemia da covid-19, foram mais de 17 meses de ensino remoto. Mas nesta segunda-feira, 13, as salas das 74 escolas municipais de Aracaju voltaram a ser ocupadas pelos alunos, que retornaram para as primeiras aulas presenciais. 

Máscara, protetor facial, álcool gel, garrafas de água individual são os novos itens do material escolar, tudo distribuído pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio das Secretarias Municipais da Educação (Semed) e da Saúde (SMS), a fim de garantir a segurança dos estudantes neste momento de retomada. 

A secretária da Educação, Cecília Leite, comenta que o retorno será marcado pelo ensino híbrido, com aulas presenciais e online, além do regime de escalonamento, com o revezamento das turmas na escola. “Nem todos os alunos entrarão na escola na mesma hora, para diminuir o fluxo. Não haverá recreio coletivo e cada turma terá o seu intervalo definido e não poderá acontecer aglomeração”, detalha a secretária. 

Medidas de biossegurança 
Da entrada da escola, já se percebe o rigor dos protocolos. Para manter a ordem, os alunos formam uma fila para aferir a temperatura, limpar os pés no tapete sanitizante, passar álcool 70% e, em seguida, se dirigir à sala de aula, sem aglomeração. Já em sala, há o distanciamento entre as carteiras e, por toda a escola, distribuição de álcool em gel, inclusive, com pias colocadas em pontos estratégicos para viabilizar a higienização das mãos. 

O planejamento para a retomada está sendo feito desde o mês de julho e todas as diretrizes foram estabelecidas no "Protocolo de Segurança Sanitária Para o Retorno das Atividades Educacionais Presenciais", elaborado por técnicos da Semed e repassado para professores, servidores e pais dos alunos. “Nosso esforço primordial é para que esse retorno seja seguro. É um compromisso que assumimos com a sociedade, com os pais e com toda a comunidade escolar”, enfatiza Cecília. 

Para garantir a retomada das aulas presenciais, a Semed fez adequações em todas as unidades escolares, que agora contam com totens de álcool em gel, tapetes sanitizantes e medidores de temperatura corporal. Além disso, foram instaladas 66 pias em escolas que ainda não possuíam este acessório no refeitório e também foi realizada a avaliação de todas as janelas das unidades de ensino, para verificar o funcionamento e garantir a circulação de ar nas salas de aula.

Reencontros e acolhimento
Apesar das mudanças e dos novos hábitos que agora fazem parte da rotina escolar, o retorno das aulas presenciais foi marcado pela alegria do reencontro. “Dava para estudar em casa, mas é muito mais legal estar com a professora por perto para tirar dúvidas e também com os colegas. Acordei animada, porque estava com saudades de estudar na escola”, expressa a estudante Clara Elizabeth, de 11 anos. 

Mãe de uma aluna de cinco anos, que foi pela primeira vez à escola, Joseane Dias relata que quando soube do retorno das aulas passou a orientar a filha sobre a importância dos cuidados. “Como ela nunca tinha ido à escola, essa orientação teve que ser redobrada, mas, como já temos diversos cuidados em casa foi mais fácil dela compreender o que precisa ser feito. Antes das aulas começarem, vim a reuniões na escola e reparei que todas medidas foram tomadas. Ao trazê-la para o primeiro dia de aula, confirmei que tudo está bem cuidado e ela está em boas mãos”, ressalta Joseane. 

A diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Dr. Carvalho Neto, Ivanilda Barreto, aponta que os critérios têm sido seguidos rigorosamente pelas unidades. “As escolas receberam kits e foram devidamente adequadas para fazer com que as aulas ocorram da maneira mais segura para todos. Hoje, marcamos um momento muito importante e, durante todo esse mês, vamos avaliar esses cuidados e manter contato com a Semed no intuito de manter a vigilância a cada detalhe”, frisa Ivanilda. 

A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Dom José Vicente Távora, Michele Chagas, conta que o principal desafio é que os alunos se sintam acolhidos e seguros, depois de tantos meses afastados do convívio escolar.  “Todo o nosso cuidado é conduzir esse processo de forma leve, sem pressionar os alunos, acolhendo para que se sintam à vontade nesse fortalecimento de vínculos entre escola, alunos e comunidade escolar”, pontua Michele.