Cras Enedina Bomfim realiza atendimentos individualizados com projeto Laços e Afetos

Assistência Social e Cidadania
14/09/2021 17h10

A saudade de crianças e adolescentes, usuárias do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Enedina Bomfim, no bairro América, pôde ser reduzida após a equipe técnica da unidade retomar os atendimentos individualizados.

Com a flexibilização das medidas de segurança contra a covid-19, a unidade socioassistencial realizou, nesta terça-feira,14, mais um encontro do projeto “Laços e Afetos”, no qual os participantes se dirigiram ao Cras e realizaram atividades socioeducativas diversificadas com o objetivo de fortalecer os vínculos afetivos e familiares.

De acordo com a educadora social, Elizângela Oliveira, que atua no equipamento há oito anos, o projeto foi iniciado em junho de 2020 em formato remoto, porém, houve a necessidade de promover alguns encontros presenciais.

“Ao longo do tempo, o atendimento remoto estava sendo dificultoso para alguns educandos porque os laços estavam sendo fragilizados devido ao contexto pandêmico. Percebemos que eles não estavam realizando as atividades. Fizemos uma reunião com cada responsável familiar para conversarmos e pensarmos em estratégias. Uma delas foi o atendimento individualizado iniciado em julho deste ano. Eles ficaram entusiasmados em voltar para cá. Vimos que deu certo”, destaca.

A educadora social contou detalhes sobre como funciona o projeto. Segundo ela, é feito um agendamento prévio das atividades, tomando todos os cuidados possíveis com uso de máscara, álcool e evitando a circulação pelo equipamento.

"Ao chegar no espaço, eles são separados para manter o distanciamento, sendo que o grupo de irmãos permanece junto. O projeto contempla crianças e adolescentes dos seis aos 15 anos de idade, e é realizado em dois formatos: no remoto, para crianças do Serviço do turno da tarde; presencial com adolescentes do turno da tarde; e os atendimentos presenciais individualizados com crianças e adolescentes do Serviço no turno da manhã”, explica Elizangêla.

A maior parte das atividades que seriam realizadas nas residências dos usuários, passaram a ser feitas no Cras. Àquelas que envolvem as famílias continuam sendo feitas em casa. Dentre eles, desenho, pintura, leitura de contos, diálogos, brincadeiras, jogos, além de englobar exercícios sobre os cinco sentidos do corpo humano. Os atendimentos têm duração de uma hora e acontecem uma vez por mês para evitar a exposição ao risco de contágio da doença.

A estudante Nayra Mylena Barros é usuária do Enedina Bomfim há sete anos e já participou de diversos projetos dentro do SCFV. Ela foi acompanhada de suas irmãs para receber o atendimento individualizado.

“Gosto de participar, sempre gostei. Adoro as tias. Quando fiquei em casa, senti falta de estar aqui. Agora que voltou, estou mais feliz. Hoje aprendi sobre a Amazônia, brinquei e ouvi podcast sobre um conto. Foi legal”, disse.