Prefeitura avança em ações de arborização e enfrentamento às mudanças climáticas

Ao concluir a elaboração do Planejamento Estratégico (PE) 2021-2022, em maio deste ano, a Prefeitura de Aracaju definiu a visão, a missão e os valores para preparar a cidade para o futuro. No âmbito da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), coube a responsabilidade de projetar a construção de uma cidade cada vez mais sustentável, em atenção às mudanças climáticas.

O desenho para parte das ações definidas no novo PE foi feito ainda na gestão passada (2017-2020) e traçou um panorama do que a cidade carecia, num primeiro momento de reestruturação, como explica o secretário municipal do Meio Ambiente, Alan Lemos. 

“A principal mudança de um para o outro é no alcance das medidas. Neste momento, com a capital em boas condições de execução de obras e atendimento das demandas sociais, conseguimos analisar o que, de fato, impacta o futuro da cidade, sabemos onde queremos chegar de forma planejada, com diretrizes mais bem estabelecidas. Isso nos permite ter um olhar mais analítico que possa resultar em ações, de fato, eficazes”, ressalta o gestor. 

Dentro dos projetos estratégicos do novo PE, Alan Lemos destaca dois de maior ênfase, os quais, segundo ele, têm um alcance maior, dentro das perspectivas analisadas nos quatro anos anteriores: o Aracaju Mais Verde e o projeto de elaboração e implantação de enfrentamento às mudanças climáticas. 

Com o objetivo de transformar os principais pontos da cidade com em locais mais verdes, ou seja, com mais indivíduos arbóreos, o projeto Aracaju Mais Verde, que faz parte do Plano Municipal de Arborização Urbana, está sendo potencializado, a partir do novo PE e, somente em 2021, já realizou o plantio de mais de 2.500 mudas.

 

A meta é realizar o plantio de 40 mil árvores nativas do bioma Mata Atlântica na cidade, em um prazo de quatro anos. Até o fim de 2021, existe a perspectiva de plantar 3.500 mudas, a partir de um cronograma semanal.

“Ainda neste ano, a administração municipal distribuiu, com o Carro da Árvore, outras 500 mudas para que a população pudesse fazer o plantio e, assim, se sentisse parte desse projeto para tornar Aracaju mais verde. Ainda temos um projeto que está ligado à unidade de conservação, o que implica na instalação de duas novas unidades de conservação na cidade, além de uma reserva extrativista. Portanto, estamos montando um conjunto de arborização que incrementa bastante, sobretudo porque atrelamos o plantio de árvores à manutenção delas, ou seja, estamos contratando serviço, de modo que a empresa ganhadora do contratado seja responsável pelo plantio, mas também pela manutenção”, pontua Alan.

Conforme o secretário, com a contratação da empresa, a Prefeitura poderá executar o plantio em maior escala "e vamos acompanhar todo o processo, tendo mais tempo para planejar as ações, escolher a forma mais adequada de plantio”, completa. 

Ao compreender as urgências ambientais que o mundo vem passando, a Prefeitura se voltou, ainda, para um estudo mais específico a respeito da realidade da capital sergipana. Para isso, dentro do PE, há um projeto específico para enfrentamento às mudanças climáticas, o qual já está em fase de contratação de empresa para elaboração de relatório. 

“Esse relatório vai nos dizer o que mais provoca esse efeito estufa em Aracaju e, a partir disso, faremos um plano de enfrentamento às mudanças climáticas. Esse plano vai colocar, de forma clara, quais são as metas que a Prefeitura, junto à sociedade, deverá alcançar para ter uma melhor condição ambiental no futuro. Isso é de extrema importância porque o chamamento do meio ambiente é urgente e demanda cuidado e ações efetivas”, frisa o secretário. 

Assim como as demais ações elencadas no PE, os projetos a serem desenvolvidos pela Sema estão interligados, e um dos direcionadores é o inventário arbóreo da cidade que começou pela Parque da Sementeira e, com o novo planejamento, será expandido para demais áreas de Aracaju. 

“Com a contratação da empresa, aumentaremos, novamente, a escala, para que, num período curto de tempo, estimado em oito meses, possamos ter esse quadro geral das árvores da cidade, o que vai nos possibilitar melhorar a arborização, inclusive, atuando de forma preventiva para evitar risco de queda, risco de danos gerais, tanto às árvores como às estruturas da cidade e sua população. Tudo isso está sendo feito de forma interligada, planejada, de maneira a fazer melhor uso do dinheiro público, além de trabalhar com base na ciência e em dados reais”, acrescenta Alan Lemos.