Prefeitura dá início ao projeto “Semear Saberes, Cultivar Esperança para Colher Cidadania”

Assistência Social e Cidadania
30/08/2021 09h51

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, deu início, nesta quinta-feira, 30, ao projeto “Semear Saberes, Cultivar Esperança Para Colher Cidadania” que conta com a participação dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) Pedro Averan e Maria José de Meneses, ambos do 4º distrito, situados nos bairros Industrial e Porto Dantas, respectivamente.

A solenidade, realizada no Cras Maria José Meneses, no Porto Dantas, marcou o início do projeto. Cerca de 20 usuários prestigiaram a iniciativa e foram apresentadas às ações que serão desenvolvidas no âmbito do projeto.

Além disso, representantes do Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Comsea) e da instituição social “Xodó da Vila”, que está contribuindo diretamente com o projeto “Cultivando Cidadania” nos cuidados com as hortas comunitárias, também estiveram presentes com o intuito de somar esforços.

De acordo com a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, devido à pandemia do coronavírus, os problemas relacionados à insegurança alimentar e nutricional na capital sergipana aumentaram. Com isso, a pasta precisou intensificar as ações para combater a situação de vulnerabilidade temporária das famílias.

“O projeto é de suma importância para minimizar os impactos. Muitos dos usuários aracajuanos estão em situação de insegurança alimentar e nutricional e o projeto vem para trazer uma gama de oficinas e palestras em que as famílias serão orientadas sobre o aproveitamento dos alimentos e acerca dos benefícios que trazem para cada um. Um dos papéis dos Cras é o fornecimento de cestas básicas, mas não adianta somente concedermos os alimentos sem passar esses conhecimentos. É necessário mostrar os tipo de alimentos que compõem o benefício e que o processo de montagem é acompanhado pela nossa Gerência de Segurança Alimentar e Nutricional. Fico feliz porque já estamos tendo grande participação dos usuários. O projeto será muito importante para as famílias”, afirmou a secretária.

Representante da sociedade civil e colaborador do projeto, o Comsea cumpre também o papel de órgão fiscalizador para que os benefícios gerados em função do projeto cheguem como políticas públicas ao público-alvo.

“Temos que deixar claro que segurança alimentar e nutricional abrange o alimento tanto em quantidade como qualidade. Esse projeto vem, com atuação em conjunto do poder executivo e sociedade civil, como papel importante para garantir políticas públicas efetivas que melhore a situação e traga segurança alimentar e nutricional de fato”, disse a presidente do Comsea, Celine Campos.

Público-alvo e ações
O projeto teve elaboração em conjunto dos dois Cras já citados por meio de observação minuciosa da equipe dos equipamentos socioassistenciais em relação aos usuários do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), que serão impactados com as ações realizadas posteriormente.

“Percebemos que os bairros Porto Dantas e Industrial são locais onde existem os maiores índices de vulnerabilidade social. Era preciso que fôssemos além da concessão de cestas básicas, como dar uma orientação às famílias, dando a possibilidade de perspectiva, aliado a outro projeto existente como o “Cultivando Cidadania”, que trabalha com as hortas comunitárias. A ideia foi fazer algo palpável, trazendo dinâmica, saindo um pouco dos equipamentos e construir junto com os nossos usuários alternativas para minimizar os impactos que a pandemia nos trouxe”, destacou a coordenadora do Cras Maria José Meneses, Ana Caroline Trindade.

A ideia do projeto é atingir cerca de 60 famílias. Devido à pandemia e ao elevado número de pessoas participantes, as ações serão distribuídas em três turmas: uma em outubro, outra em novembro e a última em janeiro. Todas as famílias atingidas recebem acompanhamento do PAIF e estão inclusas no grupo de extrema pobreza.

Para a assistente social do Cras Maria José de Meneses, Waleska Azevedo, a iniciativa trará resultados positivos. “Como estamos retomando as atividades com os usuários no Cras, esse projeto vem para promover não apenas o acesso à alimentação, mas também de fornecer informações sobre alimentação saudável e acessível aos referenciados”, salientou.