A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, retomou a utilização da horta comunitária do conjunto Jardim Esperança, situada no bairro Inácio Barbosa, na antiga Unidade de Qualificação Profissional (UQP) da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat).
A iniciativa, que faz parte do projeto “Cultivando Cidadania” estava com as atividades suspensas devido à pandemia. No geral, são plantadas sementes de batata, macaxeira, cebolinha, pimenta, hortelã graúdo, tomate, inhame, amendoim, couve, rúcula, beterraba, cenoura e berinjela.
O projeto é desenvolvido a partir da Gerência de Segurança Alimentar e Nutricional (GSAN) da Assistência Social de Aracaju e da participação de moradores do local e áreas próximas. Diariamente, desde o plantio das sementes até o crescimento, a pasta atuam em conjunto com grupos comunitários, como a quadrilha junina “Xodó da Vila”, composta por pessoas que residem no Jardim Esperança, está iniciando com o retorno das atividades.
Engenheiro agrônomo e coordenador do projeto, que integra a equipe da GSAN, Ivan Siqueira Barreto destaca que a horta comunitária do local já existe há mais de três anos. Entretanto, as atividades foram paralisadas em decorrência da pandemia e também em função da maioria dos colaboradores comunitários serem de grupos de risco.
“Está sendo uma reedição, pois já acontecia há mais de três anos. Porém, por conta da pandemia, houve um impacto muito grande e os cuidados com a horta foram comprometidos, pois a maioria dos participantes pertencem ao grupo de risco. Desta vez estamos retomando com novos grupos, a exemplo Xodó da Vila”, afirmou.
Além do Jardim Esperança, outros pontos também são utilizados para desenvolvimento das hortas comunitárias em equipamentos socioassistenciais geridos pela Prefeitura e terrenos públicos ociosos.
Atualmente, os outros pontos estão localizados nos bairros Jabotiana (povoado Aloque), Santa Maria, Cirurgia e Veneza. Além disso, existem hortas cultivadas na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Presidente Tancredo Neves, no bairro Ponto Novo, nos abrigos socioassistenciais Caçula Barreto e Sorriso e no Centro de Integração Raio de Sol (Ciras).
O objetivo principal do projeto é fornecer hortaliças e folhosas, tudo de maneira orgânica, para pessoas de baixa renda da capital que estejam incluídas no Cadastro Único (CadÚnico), para que possam ser utilizadas para consumo próprio e também como uma maneira de geração de renda.
Para isso, a Gerência de Segurança Alimentar e Nutricional promove feiras agroecológicas no Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos (sede da Prefeitura de Aracaju), com cerca de dez famílias das comunidades parceiras da horta.
“É um projeto grandioso para a nossa comunidade, e temos uma média de dez famílias sendo contempladas, as quais toda semana comparecem aqui para contribuir e também levar para casa o que já está próprio para consumo. É um projeto maravilhoso que a Prefeitura está realizando e de suma importância para a nossa comunidade, principalmente com os impactos que foram causados pela pandemia”, ressalta o coordenador e presidente da instituição “Xodó da Vila”, Etelvan dos Santos.
Participação comunitária
Moradora da comunidade local e contribuinte frequente para o desenvolvimento da horta, Linalva Dias de Menezes vê na paixão pelos cuidados do campo a oportunidade de ajudar outras pessoas e ainda usufruir do que é plantado e colhido.
“Trabalhei há muito tempo na roça quando era mais nova. Achei muito bom quando soube desse projeto e comecei a contribuir duas vezes na semana. É uma oportunidade para que as pessoas possam ter uma verdura para comer, para vender. Além disso, é gratificante participar de todo o processo. Adoro cuidar dessa horta”, falou alegre.
