Prefeitura realiza oficina sobre visibilidade intersexo voltada a profissionais dos Cras

Família e Assistência Social
25/10/2021 16h00
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A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, realizou nesta segunda-feira, 25, de maneira online, via plataforma Google Meet, a “Oficina da Visibilidade Intersexo” para os trabalhadores da Proteção Social Básica (PSB) da capital, em alusão ao Dia Mundial da Visibilidade Intersexo, comemorado nesta terça-feira, 26 de outubro.

No encontro, foram debatidos pontos como a explicação do surgimento da data, sua representatividade e desafios diários, buscando dar visibilidade ao público para conscientizar e capacitar os trabalhadores dos 17 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) visando a garantia de direitos no acolhimento das demandas que envolvam as pessoas intersexo da capital sergipana.

O assessor para assuntos LGBTQIAP+ da Assistência Social de Aracaju, Marcelo Lima, foi o responsável pela iniciativa e condução da Oficina, que contou, também, com a participação do transmasculino não-binário, assistente social e pós-graduado em arteterapia, Pam Herrera; da presidente e fundadora da Associação Brasileira de Intersexos (Abrai) e doutora em educação Thaís Emília; e da presidente da Comissão de Direitos LGBTQIA+ da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Sergipe e advogada Mônica Porto.

Segundo Marcelo Lima, o encontro é necessário para que o município possa atuar junto às pessoas intersexo na busca pelos seus direitos e ampliar o debate com os profissionais do Sistema Único de Assistência Social (Suas).

“É importante pautarmos esse assunto contando com pessoas que falam com propriedade sobre o tema para que fosse possível levar informação para os profissionais da Assistência Social de Aracaju. Fiquei muito honrado em ter esses palestrantes hoje e extremamente feliz em ter proporcionado um momento único, ímpar para a Assessoria LGBTQIAP+, equipamentos socioassistenciais e o público que será beneficiado com essa qualificação das equipes”, destacou Marcelo.

Atendimento especializado
Para a coordenadora do Cras Terezinha Meira, Elze Melo, a oficina foi fundamental para que o olhar ao público seja cada vez mais apurado e garanta visibilidade.

“Dialogar sobre esse tema relacionado a essas pessoas que muitas vezes ainda são invisibilizados pela sociedade é importante para se construir um olhar sem preconceito. Por meio da informação, é possível lutar contra o preconceito que ainda existe. É um tema muito importante, principalmente contando com a participação de pessoas que vivenciam os desafios e puderam passar todo o conhecimento acerca da realidade desse público. Sem dúvida, estaremos muito mais preparados para atender pessoas intersexo em nossa unidade”, disse Elze.

Participação
A presidente e fundadora da Abrai Thaís Emília avaliou a oficina como produtiva, sobretudo, por alcançar mais de 30 profissionais simultaneamente. “Foi muito significativa porque obtivemos a participação de muitos trabalhadores que lidam diretamente com a população. Com isso, a formação os atinge e eles se tornam multiplicadores nas comunidades. É a primeira vez que temos a oportunidade de falar diretamente com os Cras, fomos recebidos com muita empatia e sensibilidade das equipes”, contou.