No Olaria, Cras Terezinha Meira retoma atividades socioeducativas presenciais

Assistência Social e Cidadania
10/11/2021 17h30

Após quase dois anos com os atendimentos presenciais suspensos devido à pandemia do coronavírus, o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Terezinha Meira, situado no bairro Olaria, zona oeste da capital, retomou, na tarde desta quarta-feira, 10, o primeiro encontro das atividades socioeducativas do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), ofertado no equipamento da Proteção Social Básica (PSB) gerenciado pela Secretaria Municipal da Assistência Social.

Na quadra poliesportiva, crianças e adolescentes participaram das oficinas de educação física, com a prática de diversas brincadeiras como queimada, pega-pega, dentre outros. Enquanto a atenção dos usuários estava voltada à saúde, seus responsáveis integraram um diálogo no cineteatro promovido pela equipe do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), composta por psicóloga e assistente social, para abordar sobre a intervenção do SCFV com as famílias e esclarecer dúvidas a respeito de direitos socioassistenciais.

De acordo com a coordenadora do Terezinha Meira, Elze Melo, durante o pico da pandemia, os usuários estavam sendo acompanhados pelas equipes com visitas domiciliares, que serviam para entrega de atividades socioeducativas mensais como desenhos, pinturas, leitura de contos, jogos, dentre outros, com abordagem a temas sociais.

“Um momento desafiador para todos os profissionais que integram a equipe do Cras. As visitas domiciliares foram uma das maneiras que encontramos para não perder os vínculos com os usuários. Agora, com a flexibilização das medidas restritivas, estamos retomando aos poucos os atendimentos presenciais, divididos neste primeiro momento por blocos, tomando todos os cuidados necessários, fazendo o uso de máscaras e álcool em gel”, salientou.

A psicóloga Leônia Sampaio, técnica de referência do SCFV, foi uma das profissionais responsáveis por conversar com as famílias sobre a retomada das atividades do Serviço. Segundo ela, o momento também foi de colher informações socioeconômicas para atualização dos dados cadastrais das famílias.

“Chamamos os pais dos meninos e meninas para juntos fazermos o planejamento das atividades ofertadas dentro do SCFV para o ano de 2022. Estamos nos preparando para que todos possam estar reunidos em sua totalidade. Nós e, principalmente, os usuários, estamos ansiosos para que esse momento chegue logo. Aproveitamos a oportunidade para compartilhar as experiências nesses dois anos de execução das atividades à distância e ouvir as demandas que surgem durante a reunião”, detalhou.

A dona de casa Joseilde Santos, moradora do bairro Jardim Centenário, levou seus três filhos ao Cras. A família é acompanhada pela unidade há dois anos. Ela aproveitou a oportunidade, também, para tirar dúvidas sobre o Cadastro Único.

“Com o distanciamento social, eles ficaram recebendo as atividades em casa. O que eles querem mesmo é voltar. Aqui é o lugar que eles mais gostam de ficar. Conversamos sobre a retomada do Serviço presencial e esclareci minhas dúvidas sobre meus benefícios”, contou.

A usuária do SCFV Safira Dayana está no Cras há cerca de quatro anos. Para ela, não foi fácil o período em que esteve afastada das atividades presenciais. “Foi muito difícil porque eu amo o Cras. Gosto muito daqui, das atividades. Matava um pouco da saudade quando as meninas iam lá em casa para me entregar as atividades do mês. Estou feliz porque está voltando aos poucos. Estou reencontrando meus amigos e professores”, disse.