Prefeitura e parceiros ofertam exames oftalmológicos a alunos da rede municipal

Educação
18/11/2021 15h50

Nesta quinta-feira, 18, alunos das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) Santa Rita de Cássia, no bairro América, e Sérgio Francisco da Silva, no Lamarão, foram beneficiados com exames oftalmológicos no Hospital de Olhos Social, localizado no bairro São José.
 
A ação foi possível graças a uma parceria firmada entre a Sociedade Sergipana de Oftalmologia (SSO), a empresa fabricante de lentes oftalmológicas Essilor e a Prefeitura de ARacaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Educação (Semed).

As dificuldades de estudantes com a visão são um fator que dificulta diretamente o rendimento escolar. É comum a necessidade do uso de óculos, colírios e outros cuidados para corrigir erros refrativos na infância ou adolescência. É nesta fase que podem ser detectados alguns problemas, os quais auxiliam na aprendizagem dos alunos.
 
Desta forma, as atividades resultantes desta parceria abrangem, neste primeiro momento, 36 escolas da rede e têm como finalidade atender alunos já contemplados na edição anterior do projeto, e que, portanto, precisam de consultas de revisão e possivelmente de ajustes nas lentes e novas armações. 

Referências técnicas da Coordenadoria de Políticas para a Diversidade (Coped/Semed), Vanda Salmeron e Alberto Guimarães acompanharam os alunos nos procedimentos. Vanda explica que o projeto foi executado nos anos de 2018 e 2019, quando esses mesmos alunos atendidos hoje foram contemplados com consultas e óculos de grau.
 
A partir desta iniciativa, são feitos exames de acuidade visual, refração ocular, biomicroscopia e fundoscopia. Após estas avaliações, a multinacional Essilor fornece lentes e armação para os alunos que precisarem.

“É necessário que as famílias entendam o projeto e sua importância para a aprendizagem da criança, porque quem tem problema de visão também tende a ter dificuldade no aprendizado. Com a documentação necessária em mãos, as consultas são marcadas e a Semed solicita um transporte para que os estudantes possam ir à clínica. Alguns vão acompanhados por suas mães”, informa a referência técnica, Vanda Salmeron.

Visão materna
Fernanda Santana, dona de casa e mãe de Bernardo Santana, da Emef Santa Rita, conta que o filho descobriu que tem um problema no olho já há algum tempo. Nesta quinta, Bernardo foi reavaliado.

“Fiz questão de acompanhar. Tenho que ver o que está acontecendo e informar situações sobre a visão dele em casa. Ele tem uma certa dificuldade na leitura e aqui descobrimos que ele necessita usar óculos. Eu acho bom ter projetos como esses porque muita gente não consegue levar seus filhos nas consultas e esta é uma forma de acesso vantajosa, tanto para a criança, quanto para os pais. Até porque a melhora dele é a nossa”, frisa Fernanda.

A mãe Ana Maria Pereira, que acompanha a filha Isadora Santos, também aluna da Emef Santa Rita, partilha de opinião semelhante. “Já é a segunda vez que passamos por este processo. A primeira vez foi em 2018, quando fizeram a avaliação e ela recebeu os óculos com grau. Ela fez as avaliações e com um mês depois pegou os óculos. Hoje está aqui novamente porque tem miopia, que herdou da bisavó. Acho ótimo esta parceria, principalmente neste momento de pandemia em que muitos estão apertados ou desempregados”.

Olhar médico
Médico residente do Hospital de Olhos de Sergipe, Edgar Menezes explica que o programa está atrelado à residência médica e possui uma importância social grande, já que a população dessa faixa etária (crianças e adolescentes) precisa de uma atenção oftalmológica periódica para que sejam evitadas doenças oculares. Além disso, as consultas estimulam o cuidado com a saúde e melhoram a capacidade visual das pessoas que são atendidas.

“Cuidar da visão impacta diretamente na escola, no aprendizado, e tudo isso tem que ser acompanhado de perto. Os principais sinais de que uma criança está precisando de atenção oftalmológica é a dificuldade no acompanhamento das atividades escolares, como ver o que está escrito no quadro, coceira nos olhos, reclamação de cansaço visual. Independente de apresentar queixas ou não, toda pessoa precisa de um acompanhamento com oftalmologista”, pontua o médico.

Maiko Ryan, 12 anos, aluno da Emef Sérgio Francisco, usa óculos desde os seis anos. A necessidade do acessório foi descoberta a partir dos exames realizados pelo projeto. “Acordei ansioso, mas não estou com medo. Tenho miopia, desde 2016 uso óculos e já sinto uma melhora ao enxergar sem ele. É bacana a escola trazer a gente aqui”, disse o estudante enquanto aguardava sua vez de ser consultado.