Com o lançamento do Plano Municipal de Enfrentamento a Violência contra a Mulher e a adesão de Aracaju dos 21 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, a Secretaria Municipal da Assistência Social realizou, nesta quinta-feira, 25 no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Madre Tereza de Calcutá, no bairro Jabotiana, uma roda de conversa com os idosos da comunidade.
O debate, que teve como tema “Sororidade: reflexos com mulheres idosas sobre o combate à violência contra a mulher”, teve início às 9h e contou com a participação dos usuários do equipamento socioassistencial que residem no bairro Jabotiana, os quais puderam adquirir conhecimento a respeito das situações de violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, além de terem sido instruídos sobre como denunciar e agir em caso de flagrante ou vivência das citadas situações.
Segundo a psicóloga do Cras, Juliana Tavares, realizar esse tipo de ação também com os idosos é fundamental para que eles possam se reconhecer em caso de vivência e agregar conhecimento, principalmente por conta do período de isolamento social devido à pandemia.
“Os idosos já têm uma vivência maior, por situações vividas no passado, principalmente as mulheres, e muitas vezes eles contam como eram tratados nos relacionamentos, pelos pais e pelos companheiros. Agora com o lançamento do Plano de Enfrentamento e com os 21 dias de ativismo é mais importante ainda destacar e instruí-los sobre o tema”, afirmou a psicóloga.
“Além disso, também tivemos o período de isolamento social imposto por conta da pandemia. Então esse é o momento em que estamos começando a retomar os contatos presenciais diários aqui no Cras. Também por conta disso é importante conversarmos com eles, pois o contato presencial é um facilitador no acompanhamento”, concluiu Juliana.
É importante destacar que os idosos continuaram recebendo atendimentos durante este período de pandemia por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), porém, de maneira remota, com atividades cumpridas em casa para evitar o contágio da covid-19.
Participação comunitária
De acordo com a usuária Ednete Medeiros, 59, é fundamental a retomada das atividades no Cras, principalmente com abordagem de um tema tão sensível e importante.
“Gosto de participar das atividades no Cras junto com minhas colegas, fazíamos diversas atividades antes da pandemia e a equipe sempre nos trata muito bem. Agora, é bom poder voltar e ainda mais com esse tema que acho muito importante. Sempre vejo na televisão muitos casos de mulheres que sofrem violência. Com a pandemia, vi que aumentou o número de casos. Então, é importante falarmos sobre isso para termos, cada vez mais, conhecimento”, ressaltou a dona de casa.
Para Maria Salete Santos, 73, o tema tem que ser cada vez mais discutido. “Com tudo que vemos diariamente na televisão, nos jornais, as mulheres estão sofrendo muito, aliás, sempre sofremos. É importante falarmos sobre o assunto para que todos possam ter mais consciência e conhecimento de como denunciar e entender as situações de violência”, disse.
