Prefeitura promove roda de conversa com servidores sobre violência contra a mulher

Assistência Social e Cidadania
06/12/2021 17h00

Em alusão ao “Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, também conhecido como o “Dia do Laço Branco”, comemorado nesta segunda-feira, 6, a Prefeitura de Aracaju promoveu na tarde desta segunda-feira, 6, uma roda de conversa sobre a participação dos homens, servidores públicos da Secretaria Municipal da Assistência Social, no enfrentamento à violência contra a mulher.  

O evento aconteceu no auditório do Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos (sede da Prefeitura), situado no bairro Ponto Novo. De acordo com a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, a atividade faz parte da programação intensificada durante a campanha nacional dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulher”, iniciada no dia 19 de setembro.

“Até o dia 10, data em que a campanha é encerrada, cumpriremos uma agenda de ações para mobilização de toda a sociedade em espaços públicos e privados em prol da erradicação da violência de gênero. Desta vez, reunimos esses trabalhadores para sensibilizá-los acerca dos tipos de violência, seja física, psicológica, moral, patrimonial e sexual, para que saibam identificar a violação do direito e atuem como multiplicadores das informações”, destacou Simone.

As atividades estão sendo articuladas entre a Coordenadoria de Políticas para Mulheres (CPM) da Diretoria de Direitos Humanos (DDH), da Secretaria Municipal da Assistência Social, o Núcleo de Prevenção de Violências e Acidentes (Nupeva), da SMS, e a Patrulha Maria da Penha (PMP), da Guarda Municipal de Aracaju (GMA), vinculada à Semdec.

Segundo a coordenadora da CPM, Edlaine Sena, o foco é envolver os servidores da secretaria no enfrentamento à violência a partir da prevenção. 

“É uma pasta que atua com pessoas, principalmente mulheres em situação de vulnerabilidade social, então, precisamos preparar cada vez mais esses homens para lidar com essas mulheres e como eles, enquanto cidadãos, podem auxiliar na prevenção das violências. Sempre falamos para fora do espaço de trabalho, em outros lugares, por isso, sentimos a necessidade também de priorizar o trabalhador enquanto homem, cidadão, pai, irmão, tio, esposo, namorado ou amigo”, detalhou Edlaine.

Para o gerente de transportes da Coordenadoria de Logística (COLOG) da Assistência Social, Jilson Santos Júnior, o debate é válido.

“Ouvi histórias marcantes com os depoimentos da equipe que trabalha com essas mulheres com muito afinco, alertando para o nosso dever de proteger as mulheres que estão próximas a nós, ou que conhecemos, que estejam passando pela situação de violência. Muitas têm medo de fazer a denúncia e com o conhecimento adquirido, agora podemos fazer isso por elas”, comprometeu-se  Jilson.

As novas informações adquiridas pelo recepcionista da Assistência Social de Aracaju, Welmo Araújo, durante a roda de conversa, serão levadas por ele para o bairro em que mora.

“É muito importante pelo fato dos índices de violência contra a mulher serem altos em nosso país. Esse encontro nos possibilita levar essas informações para a nossa comunidade chegando até essas mulheres que sofrem diariamente, já que muitas delas desconhecem seus direitos pela falta de informações. Gostei bastante dessa tarde”, frisou.

Data
Também presente em outros países, a campanha “Laço Branco” foi criada por homens em 1989, ano em que Marc Lepine, jovem canadense, invadiu uma sala de aula e ordenou que todos os homens abandonassem o local para que pudesse assassinar todas as mulheres daquela turma.

Logo após esse ato, Marc suicidou-se. Mas, uma carta deixada pelo rapaz explica os motivos que o levaram a cometer a chacina. De acordo com a carta, Marc não admitia que mulheres frequentassem o curso de Engenharia, uma área tradicionalmente masculina, segundo o assassino.