Abrigos Sorriso e Caçula Barreto realizam confraternizações natalinas

A união da família é um dos maiores símbolos do Natal. Pais, mães, tios e avós, são representados, para as crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional nos Abrigos Sorriso e Caçula Barreto, pelas equipes de profissionais dessas unidades e cidadãos solidários que, além cumprirem seus papéis, doam cuidado, amor e dedicação.

Com esse sentimento fraterno, os equipamentos da Proteção Social Especial (PSE), do Sistema Único de Assistência Social (Suas), administrados pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, promoveram confraternizações natalinas nesta semana. Atualmente, 39 pessoas, entre 20 crianças e 19 adolescentes, são assistidas pelo Município nesses equipamentos.

"Assim como em outras datas comemorativas, não podíamos deixar de promover as confraternizações em nossas unidades, especialmente, nesses abrigos onde as crianças e os adolescentes estão com os vínculos afetivos e familiares fragilizados devido à situação de risco a que foram submetidos. Esses encontros são muito representativos para eles. Um simples olhar amoroso, um carinho, uma palavra de aconchego fazem uma grande diferença na vida deles. Nós, como profissionais da política de assistência social, temos o dever de viabilizar e garantir os direitos desse público para o pleno exercício da cidadania”, destacou a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos.

O evento realizado no Caçula Barreto contou com a participação de familiares, ex-acolhidos, membros da Igreja Evangélica Verbo da Vida e padrinhos do Projeto Natal Afetivo, idealizado pela promotora de justiça Lilian Carvalho junto à 1ª Promotoria da Infância e Adolescência, do Ministério Público de Sergipe, em conjunto com a 16ª Vara Cível da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de Sergipe.

Houve declamações de poesias autorais, pintura e desenho (premiados na sexta edição do “Concurso Cultural de Desenho, Pintura e Poesia”, uma iniciativa da seccional sergipana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SE)), danças, músicas, reflexões espirituais e um coral ensaiado pela cantora sergipana Lari Lima, que se voluntariou como atração musical.

Segundo a coordenadora do Abrigo Caçula Barreto, Meiry Ane Santana, a equipe trabalha com o acolhido que se encontra em uma fase de elaboração de projetos do futuro, desta forma, é preciso estimular esse pensamento de esperança.

“Comemoramos os encerramentos das ações desenvolvidas no decorrer do ano. É um momento de celebrar a vida diante dos desafios que vivemos nesses últimos dois anos e uma oportunidade de fortalecimento de vínculos. O intuito é promover a troca de afeto, fortalecer os vínculos, refletir sobre nossas ações e reacender a esperança para o próximo ano”, contou.

O usuário do Caçula Barreto M. A., acolhido há dois anos, representou em forma de desenho sobre liberdade religiosa.

“Nunca deixamos de ser família aqui no Abrigo. Sempre estamos juntos em todas as situações. Pode nos acontecer qualquer coisa, mas nos levantamos e ficamos mais fortes. Gosto de todos que trabalham aqui. Foi ótimo”, contou.

Já no abrigo Sorriso, os profissionais multidisciplinares se empenharam para realizar um Natal especial para as crianças, a partir de uma atividade com músicas em coral, danças, declamação de poesia e o momento mais esperado: a chegada do Papai e da Mamãe Noel com a distribuição de presentes.

Para a coordenadora do Abrigo Sorriso, Magna Sousa, o momento é representativo para os acolhidos que estão na unidade devido ao rompimento de laços familiares.

“É proporcionar um momento em família. Somos uma grande família, por conta disso, estamos confraternizando e agradecendo a Deus por estarmos vivos porque passamos por uma pandemia na qual perdemos muitas pessoas queridas. É a época de celebrar a vida e a felicidade”, ressaltou Magna 

A usuária J.S, acolhida há dois anos pelo Abrigo Sorriso, adora a época natalina. “Gostei muito de participar da festa. Gosto do Natal. Dancei e me apresentei. Estou feliz”, disse.