Prefeitura oferta linha de cuidado para tratamento completo da hanseníase

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), oferta atendimento para pacientes portadores de hanseníase durante todo o ano, além de ações de conscientização sobre a existência da doença, combate e a prevenção.

De acordo com a coordenadora do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar Siqueira Campos), Luciano Araújo, em Aracaju o tratamento para hanseníase é ofertado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e no Cemar, que atua no tratamento de crianças, idosos e de casos mais graves e complexos.

Caso o paciente apresente manchas pelo corpo e perceba falta de sensibilidade na região, Luciana orienta procurar a UBS mais próxima da sua residência e se necessário a UBS encaminha para o Cemar. O “diagnóstico precoce evita maiores complicações e é importante lembrar que a hanseníase tem cura”, explica.

Dependendo do caso, o tratamento pode durar de 6 a 12 meses e, após o atendimento, o paciente sai da unidade com o retorno agendado para o mês seguinte. “Mas é importante que o enfermo não interrompa o tratamento mesmo após sinais de melhora. Isso pode trazer consequências graves. O risco de abandonar o tratamento é agravar os sintomas, levando a sequelas permanentes, podendo surgir mão em garra, pé caído, feridas, diminuição da visão. Além disso, o paciente não tratado pode transmitir a doença a outras pessoas, coisa que não acontece durante o procedimento terapêutico", alerta a enfermeira do setor de Hanseníase do Cemar, Marina Tameirão Arreguy.

Os principais sintomas da hanseníase são manchas brancas, vermelhas ou marrons, únicas ou múltiplas. Diminuição da sensibilidade, diminuição de pelos e do suor. Sensação de formigamento ou choque em braços e pernas e diminuição da força muscular. 

Segundo a enfermeira Marina Tameirão, a doença não é hereditária, mas sim causada por uma bactéria. “A hanseníase costuma evoluir lentamente e pode levar de 2 a 7 anos para que sinais e sintomas da infecção sejam detectados. Trata-se de uma doença de lenta evolução e em razão disso o paciente muitas vezes não dá a necessária atenção", salienta.

Em estágios avançados a hanseníase pode causar deformações físicas, gerando incapacidades. “É geralmente nesse momento que o paciente resolve procurar ajuda. A transmissão da hanseníase é por meio de gotículas de saliva e é necessário um contato próximo e prolongado com uma pessoa portadora da bactéria, não tratada, para contrair a doença”, relata.

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria denominada Mycobacterium leprae, e sua erradicação tem esbarrado no medo causado pela desinformação e pelo preconceito. A transmissão se dá quando o usuário portador de Hanseníase se encontra sem tratamento.

 

Existia um estigma muito grande com a doença, por conta da sua história. Ela ficou conhecida como lepra e os doentes eram isolados. Por conta desse histórico, algumas pessoas tendem a fugir do diagnóstico da patologia e não possuem o conhecimento de que podem se curar se fizerem o tratamento correto.