Unidades de acolhimento garantem auxílio à população em situação de rua

Agência Aracaju de Notícias
02/02/2022 10h00

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, investe de maneira contínua na manutenção de ações de acolhimento à população em situação de rua. As unidades Acolher e Freitas Brandão, antes provisórias e agora unidades permanentes, têm capacidade de abrigar 40 e 70 pessoas, respectivamente.

Durante a pandemia, o Município estruturou cinco abrigos emergenciais de acolhimento para pessoas em situação de rua, de modo a protegê-las do contágio do coronavírus, e, mesmo com a flexibilização das medidas de controle sanitário, constatou a necessidade de manter ativas as unidades de acolhimento, sobretudo para garantir assistência adequada a essas pessoas. Com isso, Aracaju passou a dispor de 110 vagas para acolhimento institucional.

Além disso, ressalta o coordenador da Proteção Especial da Assistência Social de Aracaju, Jonathan Rabelo, a Prefeitura mantém parceria com o governo do Estado por meio da qual oferta mais 20 vagas no Centro de Apoio ao Migrante, totalizando 130 vagas destinadas a acolhimento de pessoas em situação de rua na capital sergipana.

“Esse é um dos serviços que oferecemos para a população de rua, que também pode contar com o Centro POP [Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua], Creas [Centros de Referência Especializada da Assistência Social] e Cras [Centros de Referência da Assistência Social]. O Centro POP  é o principal órgão que faz a regulação de vagas para nossas unidades, mas também temos nossa equipe de abordagem, para aquele usuário que não consegue acessar os nossos órgãos", detalha Jonathan.

Acolhimento institucional
Lucas Santos, de 35 anos, chegou ao Freitas Brandão há um mês, a partir do atendimento recebido no Centro POP. Ele ficou em situação de rua por motivos de briga familiar e agora se mostra agradecido pelo serviço de assistência.

"Estou muito satisfeito aqui, tenho onde dormir, banho e alimentação. A equipe é super gente boa, me trata bem e eu só tenho a agradecer. Tenho oportunidade de trabalhar e estou bem e feliz, se não fosse essa ajuda, ainda estaria na rua", reconhece Lucas.

Dentro do acolhimento institucional há uma equipe de profissionais que analisam a situação de cada pessoa ou da família para verificar que tipo de serviço pode ser oferecido. “O objetivo  é criar um processo de autonomia para que ele [o acolhido] possa sair da situação de rua”, explica o coordenador da Proteção Especial da Assistência Social.

De acordo com  a coordenadora da Unidade de Acolhimento Freitas Brandão, Kelly Teles, o fluxo de entrada e saída, nos últimos quatro meses, tem se mantido estável, com quase todas as 65 vagaspreenchidas, "porque os acolhidos estão cada vez mais ficando, acredito que seja por conta da política de rotina que fazemos aqui”, explica.

A política de rotina a que Kelly se referiu inclui atividades de cunho social, rodas de conversas, eventos de conscientização, entre outras atividades individuais e em grupo. “Sempre acreditei que as unidades de acolhimento não pudessem ser um depósito de pessoas que fazem refeições e tomam banho, então a gente trabalha, principalmente, com o fortalecimento da identidade deles”, salienta a coordenadora do Abrigo Freitas Brandão.  

O acolhido Silvano Santos, de 40 anos, dependente químico em situação de rua, procurou o Centro POP e foi encaminhado para a unidade Freitas Brandão. “Tenho poucos familiares e eles não têm condições para cuidar de mim. Minha rotina aqui é sossegada, um lugar que me acolheu quando eu mais precisei e preciso até as portas se abrirem para mim”, frisa Silvano, acolhido na unidade há quatro meses.