Comunidade da Coroa do Meio reconhece benefícios da regularização fundiária

Obras e Urbanização
04/03/2022 10h00

“Quando eu vim para cá junto com meu esposo, era tudo palafita. Ele não pode estar aqui comigo para receber esse documento porque ele faleceu já tem alguns anos. É motivo de muita emoção, uma sensação indescritível. Moro aqui há cerca de 22 anos. Eu achei uma atitude maravilhosa, porque é uma maneira de reunir a gente. Estamos aqui expressando nossa gratidão à Prefeitura”. A declaração da Erenita Cândido revelam o tom de gratidão de todas as 119 famílias que receberam a regularização fundiária de unidades habitacionais da Coroa do Meio na semana passada.

Somadas às concedidas em dezembro de 2021, já são 258 escrituras entregues pela Prefeitura de Aracaju aos moradores do local. Para Edmilson dos Santos, é um ato bastante simbólico. “Muda muita coisa. Antes a gente vivia numa situação muito precária, em palafitas. Hoje em dia você tem uma casa mais organizada, uma situação mais tranquila, com rede de esgoto, tudo organizado. É uma felicidade ter em mãos a escritura da casa”, diz.

Para Geangela Barbosa de Vasconcelos, receber a escritura representa mais segurança. "A Prefeitura está trabalhando e veio alegrar o coração da comunidade da Coroa do Meio, com a escritura da casa. Estou muito feliz hoje pelo trabalho, e com orgulho. Vou continuar na minha casa. Agora eu posso crescer, posso fazer laje, posso fazer o que eu quiser. Por enquanto, eu só queria a escritura, porque ela é muito importante para a minha vida. Hoje eu estou muito feliz por isso”, agradece.
 
Ao todo, são 652 unidades habitacionais na região, e a quantia contemplada corresponde à primeira etapa. Para viabilizar a entrega da regularização fundiária, foi necessário um trabalho minucioso da Diretoria de Habitação da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), que elaborou uma planta de situação, para cada lote, com a implantação de cobertura do imóvel, identificação do ocupante, localização, dimensões, confrontações e quadro de área do terreno, além de área construída.

Segundo Flávia Maria Ferreira, a insegurança e dificuldades ficaram no passado. “Eu nasci e me criei aqui na Coroa do Meio. Sinto felicidade. Agora não só eu me sinto segura, mas todos os moradores que viviam em palafitas. Hoje, com a escritura na mão, é nosso, a casa agora é nossa. Não fica mais aquela dúvida na cabeça da gente. Eu fico feliz por isso”.

Aliviada com o benefício, Maria Antônia da Silva relembra a vida sem casa e infraestrutura. “Era tudo lama. Não tinha calçamento, não tinha nada. Era só mato, água e lama. Agora eu estou feliz. Já tinha muita fé na Prefeitura, e agora tenho cada vez mais”.