Mulheres protagonizam política de assistência social da Prefeitura de Aracaju

Assistência Social e Cidadania
08/03/2022 08h50

Nesta terça-feira, 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher, data em que a população mundial é provocada a refletir sobre o “ser” denominado mulher e seus inúmeros papéis dentro da sociedade. Na Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, além de serem mães, filhas, irmãs, avós, namoradas, esposas e amigas, elas também atuam para cuidar do próximo com amor e responsabilidade a partir da oferta de serviços públicos.

Protagonistas das políticas de assistência social do Município, as mulheres compõem 69,4% do quadro de funcionários da pasta, como destaca a secretária Simone Santana. “Dentro da pasta, as mulheres são fundamentais para o fortalecimento dos nossos serviços. Somos firmes em nossas decisões, possuímos uma sensibilidade mais aflorada e uma forma única de sentir, ouvir e tratar nossos usuários com um amor materno", salienta.

Para a gestora municipal da Assistência Social, é importante destacar que ao longo dos anos as mulheres têm conquista mais espaço na sociedade, fruto das lutas por inclusão, garantia de direitos, respeito 'e protagonismo que todas nós fazemos parte", diz.

 

"O protagonismo da mulher é crescente tanto na política de assistência social como nas demais políticas públicas. Desejo muita saúde, paz, força, coragem e determinação para conseguirmos vencer os desafios da vida”, destaca Simone.

A secretária-adjunta da Assistência, Selma França, também homenageia todas as mulheres assistidas pelos equipamentos socioassistenciais da capital sergipana. "Aqui na Secretaria somos a maioria. É um prazer ter conosco mulheres comprometidas em garantir a política de assistência social às famílias que mais precisam do nosso atendimento", reconhece.

A partir do momento em que as mulheres se unem, pondera Selma, torna-se possível fazer acontecer "com respeito ao próximo, calor humano e muito trabalho". "Além de exercemos nossa função, transpassamos amor para cada usuária que assistimos e acolhemos. Parabéns a todas nós”, comemora.

Ocupação de espaços 

Na Assistência Social de Aracaju as mulheres atuam como assistentes sociais, psicólogas, pedagogas, educadoras sociais, cuidadoras sociais, presidentas, diretoras, coordenadoras, gerentes, técnicas administrativas, nutricionistas, engenheiras, advogadas, jornalistas, estagiárias, conselheiras tutelares, visitadoras, secretárias e serviços gerais.  

A educadora social Kelly Teles atua na Secretaria Municipal da Assistência Social há dez anos nos Serviços de Proteção Social de Alta Complexidade. Ela já passou pelos abrigos institucionais Sorriso, Caçula Barreto e Nalde Barbosa.

Atualmente, ela coordena o abrigo emergencial destinado à população em situação de rua de Aracaju, instalado na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) General Freitas Brandão, no bairro Suíssa. Para Kelly, a função que desempenha é uma oportunidade de crescimento como ser humano.

“Ser mulher é um ato de amor, carinho, empatia e ter o coração sensível às questões diversas. Quando atuamos dentro da Assistência, exercemos essas qualidades diariamente por tratarmos com pessoas extremamente vulneráveis que precisam não apenas de alimentos, doações de roupas, mas, sobretudo do nosso apoio, de nos colocarmos no lugar deles para entender as situações e contribuir de alguma forma. Nós, mulheres, temos a sensibilidade mais aguçada para tomar decisões. Devemos sim, impor as regras estabelecidas nas unidades de acolhimento, mas o fazemos com leveza e sabedoria”, garante.

Pedagoga e educadora social do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Maria José de Menezes, situado no loteamento Coqueiral, bairro Porto Dantas, Andressa Melo é uma das criadoras do “Clube dos Leitores – Pequenos Sonhadores”.

O Projeto foi criado a partir de doações de livros feitas pela comunidade local e pelo programa cultural do banco Itaú, em 2018. Assim, para concretizar o projeto de incentivo à leitura permanente, a equipe do Cras montou um espaço dentro da unidade chamado carinhosamente de “Cantinho da Leitura”.

Andressa estudou em escola pública, formou-se profissionalmente e hoje ocupa outros espaços. Para a educadora social, ser mulher na Assistência Social é despertar sonhos mostrando seus próprios exemplos de vida.

“Vejo a importância do meu papel como mulher, principalmente no meu espaço de fala junto às crianças e adolescentes quando abordamos assuntos relevantes no Cras, debatemos, discutimos e falamos sobre as mudanças que queremos promover na sociedade. Muitas vezes, meninas e meninos não se veem em outros espaços, não projetam sonhos porque vivem na periferia, dentro de uma realidade que vira um ciclo. É mostrar através do nosso próprio exemplo, onde eles podem chegar, incentivando o potencial e a capacidade de cada um para transformarmos o futuro”, contou.