Sentinelas: atendimento humanizado contribui para resiliência de Aracaju no período de chuvas

Agência Aracaju de Notícias
10/03/2022 10h57

Em dias de chuva, muita gente dá uma pausa em suas atividades e tenta, por um momento, relaxar, colocar a leitura em dia ou até mesmo refletir sobre a vida. Esse é o lado, digamos, romântico quando cai aquele aguaceiro. Mas, para a Prefeitura de Aracaju, dia de chuva é sinônimo de arregaçar as mangas e de colocar equipes nas ruas para realizar o monitoramento das áreas de risco, além de observar o comportamento de canais e demais pontos da cidade que têm potencial para possíveis alagamentos.

Com as ações preventivas realizadas pela Prefeitura, principalmente no setor de infraestrutura, mediante planejamento estratégico, a capital vem demonstrando resiliência aos efeitos adversos, conseguido absorver grandes volumes pluviométricos sem transtornos contundentes.

Desde 2017, o Município conta com o Comitê de Gerenciamento de Crises, a partir do qual as secretarias e os órgãos municipais atuam de maneira integrada para propor, articular, coordenar e avaliar ações destinadas à mitigação dos efeitos das chuvas em áreas críticas da cidade e também outros eventos adversos.

Além da vigilância da Defesa Civil, coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), equipes das empresas municipais de Serviços Urbanos (Emsurb) e de Obras e Urbanização (Emurb), assim como a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) atuam em toda a cidade, seja na manutenção do sistema de drenagem ou mesmo para auxílio de motoristas e pedestres.

Sentinelas

Nada disso, no entanto, seria possível sem a atuação de homens e mulheres que estão na linha de frente no combate aos efeitos das chuvas.

O Major Silvio Prado, coordenador da Defesa Civil Municipal, é uma daquelas sentinelas que está sempre nas ruas acompanhando as possíveis ocorrências e situações de risco. Para ele, é gratificante servir a quem mais precisa nos momentos de dificuldades.

“A gente vai para as ruas verificar esses impactos e observa no olhar das pessoas a gratidão. Reconhecemos que a gente não pode impedir que as chuvas não caiam na nossa cidade, mas a Prefeitura trabalha antes, durante e depois para minimizar esses impactos. Esse olhar de gratidão, de reconhecimento das pessoas nas ruas nos dá a sensação de dever cumprido, de que está fazendo a coisa certa. Sabemos que temos um time preparado para trabalhar. As pessoas já sabem disso, porque já adquirimos um nível de excelência na resposta às chuvas que as pessoas se acostumaram com esse nível de excelência e de atendimento, principalmente para as pessoas mais vulneráveis, que residem em áreas mais vulneráveis. Elas se sentem seguras e sabem que não estão sozinhas no momento de maior aflição com relação às chuvas”, destaca o major.

Conforme o Major Silvio Prado, a porta de entrada na comunicação entre a população e a Prefeitura é o canal 199. “Onde a pessoa solicita diretamente o serviço da Prefeitura, como Emsurb, Defesa Civil, Emurb, Assistência Social, tudo que for relacionado a chuva elas conseguem ter esse atendimento e acolhimento. Em alguns casos, quando a pessoa é retirada de casa, ela vai para um hotel com alimentação, os móveis são retirados por caminhões da Prefeitura e colocados num galpão. Depois que a inundação passa, a Emsurb faz a desinfecção das casas, depois levamos novamente os móveis para essas casas e em seguida levamos a família do hotel para sua casa novamente. É um tipo de serviço de excelência. Não existe a possibilidade de uma pessoa ligar para a Prefeitura ela não ser atendida”, enfatiza.

Lauro Augusto do Prado Maia Neto é coordenador de Transbordo, Transporte e Aterro Sanitário da Emsurb, uma das principais coordenadorias de mitigação aos efeitos da chuva, responsável pela desobstrução de canais e demais sistemas de drenagem de esgoto da cidade. Para ele, o sentimento, em contribuir para uma cidade resiliente, é de orgulho.

“O serviço é feito por meio de maquinários, com barragem móvel, além de telas de contenção de canais.  Temos um planejamento de limpeza preventiva. Olhamos os canais que precisam de maior limpeza e esses canais recebem mais atenção. Há um bom tempo não vemos canais transbordando em Aracaju. Assim que chove, colocamos equipes nas ruas para ficar de prontidão. Me sinto orgulhoso pelo trabalho que está sendo feito. Vamos continuar fazendo as limpezas sempre com planejamento. Vemos que Aracaju se comporta bem em dias de chuva, com relação à absorção de água. Eu, como cidadão, fico orgulhoso, porque o tratamento é igual para todas as áreas da cidade, seja na zona Norte ou zona Sul”, coloca.

Opinião semelhante tem Catharina Menezes, coordenadora da Proteção Social Básica da Secretaria Municipal de Assistência Social. “Como profissional da Assistência Social já há alguns anos, o nosso sentimento é de extrema satisfação e de responsabilidade de estar na linha de frente em relação à prevenção de riscos com relação às chuvas. Estamos sempre de plantão sempre que há acionamento sobre chuvas. Estamos sempre a postos para atender famílias que tenham sido atingidas de alguma forma pelas chuvas e alagamentos”, frisa.

Catharina explica que, ao ser acionada em momentos de crise, a coordenaria faz a identificação da vulnerabilidade das famílias afetadas. “Se elas ficaram desabrigadas e precisam de um lugar para ficar, encaminhamos para nossos abrigos. Fazemos também a concessão de benefícios, desde colchão, lençóis e cesta básica para essa necessidade imediata da família. Depois acompanhamos, através dos Cras e Creas, se for necessário. É um serviço gratificante, porque vemos que conseguimos tirar uma família de situação de risco”, conclui.