Prefeitura realiza alterações na alimentação escolar para o ano letivo 2022

Educação
11/03/2022 11h25

Macarronada de carne moída, sopa de legumes, carne com arroz e feijão tropeiro, frango com arroz e cenoura: pratos que fazem parte do cardápio servido do dia 14 ao dia 18 de março para as crianças da educação infantil e ensino fundamental que estudam na rede municipal de ensino de Aracaju. Já para os alunos da Educação para Jovens e Adultos (EJA), os pratos da próxima semana serão: macaxeira com carne moída, cuscuz com ovos, batata doce e frango, arroz com feijão e frango.

Alimentos como estes são preparados e servidos, toda semana, aos alunos das 74 escolas municipais da capital. Uma iniciativa que materializa a preocupação da Prefeitura de Aracaju com a nutrição e o desempenho na aprendizagem dos estudantes, um trabalho efetivado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), por intermédio da Coordenadoria de Alimentação Escolar (Coae).

Mudanças
Todo o cardápio é planejado e repassado às escolas mensalmente, ficando a cargo das merendeiras da empresa terceirizada da Semed, a VBX Refeições Coletivas, preparar a alimentação dos estudantes diariamente.
 
Segundo afirma a coordenadora da Coae, Larissa Coelho, seguindo as recomendações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE, para este ano letivo de 2022, a merenda escolar da rede sofreu algumas modificações. As nutricionistas do setor visitam as escolas todo o mês para verificar o cumprimento do serviço.

"Foi necessário fazer algumas alterações no cardápio da alimentação escolar este ano. A creche foi a modalidade que mais sofreu alteração, como a retirada de açúcar, tanto como adoçante, quanto como componente de outros produtos. Tudo que contém este ingrediente não pode mais ser ofertado para alunos de até três anos, as crianças de creche. Também estão proibidos alimentos que são considerados formulação industrial e que contêm várias substâncias diferenciadas, como xaropes, edulcorantes, adoçantes superficiais, conservantes, entre outras que, naturalmente, não são identificáveis facilmente", detalha a coordenadora da Coae.

Larissa também explica que produtos como biscoitos, pães e requeijão, foram substituídos por alimentos mais naturais, como por exemplo o mingau de aveia e  a vitamina de frutas. "Eles promoverão mais nutrição e saciedade às crianças, auxiliando no crescimento, no desenvolvimento e aprendizagem. Outra mudança ocorreu na creche parcial, que é destinada àquelas crianças que ficam na escola somente por um turno. Para esses alunos, anteriormente era servida uma refeição, agora eles consomem duas refeições por dia na escola. Pela manhã é ofertado o desjejum e o almoço, pela tarde é servido o lanche e o jantar", ressalta.

Nas outras modalidades, como o ensino fundamental, EJA e o Atendimento Educacional Especializado (AEE), também foram realizadas alterações: na restrição de biscoitos, que podem ser ofertados apenas duas vezes por semana; e na oferta de alimentos em conserva e bebidas lácteas, podendo ser oferecidos, para alunos que frequentam o período parcial, apenas uma vez ao mês.

Já as frutas são oferecidas quatro vezes por semana aos alunos do período integral e, no mínimo, duas vezes por semana para os alunos do período parcial.  A Coae também manteve iguarias regionais, como cuscuz, macaxeira, batata doce e outros, respeitando o hábito cultural de cada aluno.

Alunos e mães satisfeitos
"O prato que mais gosto é risoto e a bebida é o suco de goiaba. A merenda ajuda muito porque se eu estou com fome não consigo prestar atenção no dever", conta Beatriz Cristina, aluno do 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Sérgio Francisco, no bairro Lamarão.

Da mesma unidade de ensino, Ítalo Bruno e Evelyn Thaiane têm a mesma preferência no cardápio, o prato preferido dos dois é o cachorro quente de carne moída. "A comida é muito boa, dá mais energia para estudar", revela o garoto. Já a aluna relata: "quando a gente está com fome, não consegue prestar muita atenção e fica difícil até escrever. Se alimentar faz a gente ficar mais atento nas aulas".

Na Emef Oviêdo Teixeira, no bairro Olaria, Viviana do Santos, mãe de Elisabeth e Davi Loureiro, estudantes do 4º ano, aponta a importância desta alimentação equilibrada para o desenvolvimento das crianças.
 
"Eu sempre pergunto o que comeram aqui e eles sempre falam em arroz e feijão, verdura. É muito bom porque eles ficam mais concentrados nas atividades, nos estudos, têm forças para brincar e fazer atividades físicas. Eles saem daqui alimentados e chegam em casa de barriguinha cheia", diz Viviana.

Isidora Menezes, mãe de Lucas e Luan Menezes, 3º ano na Emef Oviêdo, evidencia a importância da alimentação escolar para as famílias que passam mais necessidades. "Principalmente para quem não tem muitos alimentos em casa a merenda é um bom complemento para fazer com que a criança tenha aqueles nutrientes que precisam para crescer e ajudar eles a aprenderem melhor", expressa.