Prefeitura realiza segunda consulta pública relacionada à obra da Perimetral Oeste

Agência Aracaju de Notícias
15/03/2022 17h50

A tarde desta terça-feira, 15, foi momento para sanar dúvidas e, sobretudo, ouvir a população que será impactada pelas obras da avenida Perimetral Oeste, que ligará a capital sergipana à cidade de Nossa Senhora do Socorro e ajudará a desafogar o trânsito na avenida Euclides Figueiredo, na zona Norte.
 
Para tanto, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Assistência Social, reuniu moradores das comunidades impactadas no Cras João de Oliveira Sobral, no bairro Santos Dumont, na segunda Consulta Pública realizada com esta finalidade.

A Prefeitura está realizando um conjunto de obras no âmbito do Programa de Requalificação Urbana “Construindo para o Futuro”, e trabalhado para gerenciar os impactos desses projetos de grande porte executadas com o financiamento de R$400 milhões do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), a exemplo da Perimetral Oeste.

Neste sentido, desde 2018, as famílias que serão atingidas pela construção da avenida, moradoras dos bairros Santos Dumont, Soledade, Jardim Centenário, Lamarão e Bugio, estão sendo acompanhadas e recebendo as orientações necessárias para seus reassentamentos, conforme destacou a diretora de Políticas de Habitação e Transferência de Renda da capital, Rosária Rabelo.

“A consulta pública desta terça é referente à primeira etapa da obra. Assim, ela se faz necessária porque é a partir dela que o poder público dialoga com as famílias que serão afetadas pela obra. Junto às intervenções, existe, ainda, todo um trabalho social, afinal, essas famílias não podem ter perda, por isso é preciso ter toda uma compensação", explica Rosária.
 
Segundo a diretora, haverá situações de indenização, situações em que famílias receberão unidades habitacionais, no conjunto habitacional que será construído no Lamarão, entre outras questões.
 
"Portanto, a consulta pública é uma oportunidade do poder público tornar transparente todo o projeto, estabelecer o diálogo e fortalecer a participação da população, também, para as benfeitorias que serão realizadas em todo o território por onde a Perimetral passará”, destaca Rosária. 
 
Transformação urbana
Por ser uma construção de grande dimensão, será necessário realocar residências e alguns empreendimentos comerciais. Assim, desde antes de o projeto ser licenciado há todo um acompanhamento das famílias, o qual leva em consideração três eixos de atuação: mobilização e organização comunitária, execução das obras acompanhada pela comissão de moradores e, quando a obra é finalizada, há o trabalho de conscientização patrimonial e ambiental para que a comunidade aprenda a usufruir e preservar o que foi construído.

Durante a consulta pública as famílias receberam informações e dados referentes a como serão feitas as compensações, além do resultado da avaliação imobiliária que foi realizada, “afinal, estamos falando em uma grande transformação na vida dessas pessoas, para tanto, é de suma importância deixar todo o processo o mais transparente possível e estar próximo às pessoas afetadas”, aponta a diretora. 

A gestora do projeto na Secretaria de Orçamento, Planejamento e Gestão (Seplog), Michele Lemos, ressalta que, além de fazer parte da política estrutural operativa do BID, é o momento de escutar da população o que ela precisa. “Essa troca faz com que tenhamos o abraço da comunidade, junto ao projeto, o que favorece a celeridade deste, já que haverá ajuda da parte dos moradores”, completa. 

Ao todo, cerca de 500 famílias serão impactadas diretamente pela obra. Presente da consulta, a técnica em Enfermagem Rafaela Santos recebeu uma ligação da Prefeitura informando sobre o evento.

“Eu já havia me cadastrado, antes, e achei interessante essa atitude de ligar para as pessoas. Quis participar porque é o momento para tirarmos dúvidas e saber como as coisas serão feitas, daqui pra frente. É muito importante reunir os moradores, ouvir o que temos a dizer”, considerou Rafaela. 

Já a auxiliar de Terapia Ocupacional Eliana Valentim participou da consulta anterior e, desta vez, foi incentivada, também, pelas vizinhas. “É uma obra muito grande e sabemos que vai trazer outras melhorias, mas é preciso que a população participe dessas consultas para saber como agir, tirar suas dúvidas, até para evitar que caiamos em informações faltas”, ressalta Eliana. 

Para Anderson Santos, morador da região, a consulta serviu para sanar diversas questões. “Consegui compreender todos os pontos. Querendo ou não, estávamos com receio, mas, agora, depois de ouvir as explicações, me sinto mais seguro com relação ao nosso futuro, contanto, ainda, com o suporte que temos tido da Assistência e com os benefícios que a obra vai trazer”, afirma Anderson.