Em continuidade aos eventos culturais alusivos ao 167º aniversário da capital, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), promoveu na tarde desta quinta-feira, 17, no Parque Governador Augusto Franco, conhecido como Parque da Sementeira, o lançamento de três livros de autores sergipanos e uma programação musical executada pela Filarmônica Nossa Senhora da Conceição.
Devido à necessidade de manter os cuidados preventivos ao contágio pelo coronavírus, as atividades para celebrar a data especial não são realizadas em eventos de grande porte.
“Estamos comemorando em grande estilo, com uma vasta programação cultural, que começou na quarta-feira, com a exibição de filmes sergipanos no Centro Cultural e no Centro de Informação Comunitária do Augusto Franco e apresentação circense, conta hoje com o lançamento de três livros pela EditorAju e a apresentação da Filarmônica Nossa Senhora da Conceição, e se encerrará no próximo domingo, 20, às 16, na Estação Cidadania, Buio, com peça teatral do grupo Imbuaça. Tivemos, portanto, um dos aniversários mais comemorados e que brindou a população com obras importantíssimas, em uma rica e variada programação cultural ”, descreve o presidente da Funcaju, Luciano Correia.
O lançamento das obras selecionadas via edital da Lei Aldir Blanc, lançadas pela EditorAju, teve início às 14h, com os autores recebendo os visitantes e dialogando sobre os projetos.
Élcio Luiz, autor do livro “Eu lembro daquela noite”, ressalta a atualidade dos temas que ele discute, assim como a importância de lançar sua obra em uma data tão especial.
“O livro é bastante contemporâneo, com um enredo que se passa em Aracaju. Aborda temas como questões de gênero, representatividade LGBTQIA+, intrigas familiares. É muito atual e tem um final com impacto forte. Lançar a obra no dia do aniversário da cidade é muito bom. Aracaju é uma cidade que evolui junto com a escrita e a literatura”.
“Rolé de quarta-feira”, da escritora Acácia Rios, por sua vez, é um livro de literatura juvenil, que conta a história de quatro amigos em um período de reabertura das atividades presenciais, no pós pandemia, e decidem curtir a vida, passar uma borracha nas dificuldades que passaram.
“Para mim é uma alegria muito grande poder lançar o livro no aniversário da capital. Eu sou sergipana, gosto muito da história da cidade, que é bonita e importante. Acho um luxo que esse dia histórico dialogue com a literatura", conta a autora.
O poeta Ronaldo Gomes lançou a obra “Enquanto a gente acontece: poemas de amor e perdas para jovens”, se debruçando sobre relacionamentos, como começam, terminam e o que causam.
“É tão importante para mim estar nesse cenário! Aracaju é uma cidade que me acolheu ainda adolescente. Aqui eu me descobri, amadureci, vivi intensamente a minha juventude, os meus amores. Amo andar pelas ruas, ter a sensação de que nos pertencemos mutuamente de um jeito misterioso. É um lugar que me inspira e me motiva a escrever e demarcar os seus espaços como algo que faz sentido dentro da minha literatura. Porque eu amo viver e estar aqui, e celebrar essa cidade de um jeito bonito, como ela merece”, afirma.
A belo-horizontina Juliana Pacheco, 36 anos, aproveitou a oportunidade para se familiarizar com a cultura produzida pela cidade que a acolheu nos últimos meses, e celebrá-la.
“Eu estou muito feliz aqui. Aracaju me recebeu muito bem, tanto a cidade quanto as pessoas. Eu sinto que a oportunidade de estar aqui no aniversário dela, com o lançamento de livros de autores aracajuanos, me faz ter uma relação maior com a cidade”, garante.
Para Cibely Oliveira, Oliveira, 41 anos, acompanhar de perto a homenagem foi um prazer e oportunidade de desejar à capital um ótimo futuro.
“A experiência de hoje foi ótima, um evento bem agradável e acolhedor, assim como a nossa cidade. Um lugar muito aconchegante que está fazendo aniversário. O que nós podemos desejar é que ela continue crescendo, trazendo o melhor da modernidade, cultura e entretenimento, sem perder seu aspecto peculiar que é saber acolher”, diz.
Por volta das 16 horas, o público presente no parque pôde conferir a apresentação da Filarmônica Nossa Senhora da Conceição, a primeira criada no estado, há 275 anos.
“Escolhemos um repertório com obras de melodias bastante expressivas, para mostrar toda a alegria e brilho delas, fazendo referência ao mesmo brilho que a capital tem, e que nós celebramos nestes 167 anos”, aponta o maestro Ângelo Rafael Fonseca.
A programação cultural de celebração do aniversário da cidade continua no próximo domingo, 20, às 16h, com a apresentação teatral “A peleja de Leandro na trilha do Cordel'', do grupo Imbuaça, na Estação Cidadania, localizada no Bugio.
