Idosos aprovam retorno das atividades do Serviço de Convivência nos Cras

Assistência Social e Cidadania
11/04/2022 16h25

Durante dois anos, os momentos vividos pelos idosos usuários do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), ofertado nos 17 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) da capital sergipana, deram lugar à saudade com a chegada da pandemia da covid-19.

Este ano, após a suspensão das atividades presenciais em março de 2020, como medida para assegurar proteção à saúde do público mais vulnerável ao contágio pelo coronavírus, as atividades do SCFV estão sendo retomadas de forma gradativa em quase todos os equipamentos da Proteção Social Básica (PSB) do município devido aos elevados índices de vacinação completa da população e redução do número de casos.

Com caráter proativo e preventivo, o Serviço é ofertado a idosos, crianças e adolescentes com idades entre 0 a 17 anos por meio de atividades socioeducativas promovidas em formato lúdico, estimulando a troca de experiências e fortalecendo a participação familiar e comunitária.

No Cras Jardim Esperança, bairro Inácio Barbosa, as atividades do SCFV já foram retomadas. No Grupo “Fraternidade Josefina”, realizado na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no conjunto Orlando Dantas, os idosos são recebidos com dinâmicas, como oficinas de danças e de trabalhos manuais com o intuito de desenvolver o respeito e empatia entre os participantes, trabalhar o condicionamento físico e mental, elevação da autoestima, além de estimular o raciocínio, atenção e coordenação motora.

A aposentada Maria Amélia Façanha foi uma das usuárias a participar do primeiro grupo de idosos do SCFV no Cras Jardim Esperança, há 17 anos. Hoje, ela se encontra no grupo “Fraternidade Josefina”. Além de ser uma participante assídua, dona Maria também atua como coordenadora do grupo de idosos da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

“Estava com muita saudade desses encontros. Nesses últimos dois anos, todos estavam muito tristes com a distância, mas não deixamos de nos comunicar. Mesmo longe umas das outras, nos aproximávamos como podíamos para não perder o contato. Eu gosto das oficinas com o Cras. As meninas me ajudam muito com todo o apoio”, contou.

A dona de casa Terezinha Sena também participa há 17 anos do grupo de idosos do SCFV no Jardim Esperança. Ela não esconde a felicidade em reencontrar seus amigos. “Estou muito feliz. Agradeço a Deus por estarmos de volta. Esses momentos me faziam muita falta, das viagens, dos passeios, das festas, da igreja; gosto de todos aqui. Fui bem recebida por todos”, relembrou.

No Cras Carlos Fernandes de Melo, no bairro Lamarão, a equipe recebeu os usuários em um pequeno Arraial de São João com música ao som de Josivan do Forró, comidas típicas e muitos reencontros. A aposentada Iranir Alves dos Santos pertence ao grupo “Reviver” e fez questão de comparecer ao Cras para reencontrar a equipe e os outros idosos.

“Estava com muitas saudades daqui. Como moro sozinha, o Cras é a minha mãe e o meu pai em minha vida. Me sinto muito bem aqui. Já aprendi a fazer artesanato, bordado, costura. Adoro esses momentos, principalmente o forró, porque amo brincar e dançar ao lado deles”, contou.

O aposentado Antônio Cassimiro, também do grupo “Reviver”, é usuário do Cras há muitos anos e estava sentindo falta da convivência em comunidade.

“É uma grande felicidade estar de volta. Esse tempo todo sem participar foi muito ruim. Nunca tínhamos parado as atividades até essa pandemia, então ficamos muito sentidos. Foi muito bom esse reencontro. Deu para matar um pouco da saudade”, contou.  

A usuária do Cras Carlos Fernandes, Maria Rosa da Silva, entrou para a dança. Aposentada, ela contou que estava sentindo falta das reuniões e atividades do SCFV. “Esse reencontro está sendo muito bom, eu amo. Para mim, o Cras é o amor da minha vida. Aqui é onde me alegro. Ter ficado em casa, sem sair para lugar nenhum, foi muito ruim. Estava com saudades demais daqui”, disse.

O SCFV presencial para idosos nos 17 Cras de Aracaju já retornaram normalmente. No Cras Antônio Valença, no bairro Farolândia, o Serviço continua acontecendo de forma remota com envio de atividades socioeducativas online e/ou visitas domiciliares para as entregas mensais aos usuários. As atividades presenciais na unidade voltarão em breve.