Aracaju será modelo em saúde mental para outras cidades do país

Saúde
13/04/2022 15h50

Desde o final do ano passado, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), desenvolve um projeto em parceria com o Instituto Cactus - uma organização não governamental sem fins lucrativos - voltado à identificação de pessoas que sofrem de algum tipo de transtorno mental. Bem-sucedida, a iniciativa implementada na Rede de Atenção Psicossocial (Reaps) do município agora deve ser adotada por outras capitais brasileiras.

As informações já coletadas na Reaps e em outros equipamentos gerenciados pela Saúde foram organizadas em um painel de monitoramento implementado pelo Instituto Cactus, um trabalho que qualificou a detecção e o diagnóstico de pessoas com algum tipo de transtorno mental.

Através desse mapeamento foi identificado que 42% das pessoas atendidas ativamente na Reaps sofriam com esquizofrenia, por exemplo. De acordo com a coordenadora desta rede, Chenya Coutinho, o projeto não requer investimento do Município, pois é financiado pelo Instituto Cactus e executado pelo Instituto Impulso.

“É um projeto piloto sem custo para SMS e Aracaju foi a primeira cidade e hoje temos as informações organizadas de maneira fácil para a gestão. Conseguimos enxergar os principais diagnósticos, mapear quem utiliza o serviço. Através dos indicadores, podemos medir a satisfação do usuário e a qualidade do serviço. Tudo de maneira fácil e ágil em um painel que já está à disposição da gestão e integrado à sala de situação na SMS”, explica Chenya.

Para execução deste piloto, ressalta a coordenadora, não foi preciso modificar os fluxos de trabalho da Reap, o que facilitou a sua implementação. garantiu maior facilidade de implementação, além de facilitar mais a consistência na coleta de dados para futuras implementações na rede.

“Hoje possuímos informações que vão além da produção, uma vez que os dados podem ser organizados e acessados mais facilmente com essa parceria. Passamos a ter instrumentos que identificam melhor as necessidades de cada território da cidade, por exemplo, possibilitando tomar decisões menos genéricas e mais direcionadas para as necessidades de cada localidade. Também conseguimos, a partir dessa cooperação, identificar quantos usuários abandonaram o serviço, onde essas pessoas residem e quais atendimentos estão sendo deixados de lado”, complementa.