Roda de conversa: vice-prefeita debate empoderamento feminino na Alese

Agência Aracaju de Notícias
28/04/2022 12h51

No próximo dia 30 de abril, será celebrado o Dia Nacional da Mulher, data criada para debater e repercutir nacionalmente os desafios e conquistas enfrentados pelas mulheres na sociedade. Para lembrar a data, a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), por meio da Procuradoria da Mulher, promoveu uma roda de conversa, tendo a vice-prefeita de Aracaju, Katarina Feitoza, como uma das participantes.

Para Katarina, é importante revisitar o passado, relembrando datas como essa, para que seja possível vislumbrar as demandas pelas quais ainda é preciso lutar.

“Esse é um evento para todas nós, para trocar nossas experiências e introjetar a importância desse tipo de debate para fomentar a sororidade e compreender, de fato, a dor de cada mulher, que acaba sendo nossa também”, destaca Katarina Feitoza. 

A vice-prefeita, que é delegada de polícia de formação, falou sobre os desafios que encontrou na corporação, que é hegemonicamente masculina. “Quando assumi a primeira delegacia de polícia, precisei encontrar meu espaço, e venho fazendo isso até hoje”, ressalta.

“Sempre me perguntei sobre qual o meu lugar no mundo; se estava lutando por igualdade e equidade de direitos ou querendo atingir um patamar masculino, já me colocando num lugar de inferioridade. Hoje entendo que não é preciso se comparar ou competir com nada nem ninguém, que somos únicas é que cada uma tem suas próprias agruras, na política, na polícia e na sociedade como um todo”, completa Katarina. 

A deputada Goretti Reis, procuradora da Mulher na Alese, também falou sobre suas vivências enquanto parlamentar. “Como deputada de 4º mandato, sei o quanto a gente batalha para estar nesse ambiente, são rasteiras e muitos desafios. Por isso é preciso fazer referência às mulheres que lutaram pelo que temos hoje, lembrando importância dessas datas”, analisa. 

Para Goretti, ainda é preciso avançar muito para ocupar os espaços e estar presente nas lutas que levarão as mulheres, de fato, aonde elas quiserem. “Somos maioria, mas ainda não nos espaços de poder, então é preciso debater sobre o que leva a isso”, pontua.

O evento reuniu mulheres de diversas áreas, como saúde, educação e empreendedorismo.