Oportunidade era o que os alunos do curso “Costureiro industrial de Moda Feminina em Tecido Plano”, ofertado pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), precisavam para, a partir de agora, estarem mais preparados para atuar no mercado de trabalho. Após dois meses de aprendizados, o curso foi concluído, na manhã desta sexta-feira, 29, na Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), localizada no bairro 17 de Março, local onde as aulas estavam sendo ministradas.
Ao total, foram oferecidos às comunidades em situação de vulnerabilidade social da capital sergipana, cinco opções de cursos, entre eles, Auxiliar de Eletricista, Produtor de Derivados de Leite e Produtor de Embutidos e Defumados, que já foram encerrados. Já o de Eletricista Automotivo está em fase de conclusão. Após o término, os alunos receberão os certificados de conclusão, em breve.
De acordo com a instrutora do curso de Costureiro Industrial de Moda Feminina em Tecido Plano, Lucineide Nunes, os alunos estão aptos para contratações de indústrias ou para iniciarem seus próprios negócios. Durante as aulas teóricas e práticas, a turma, formada por mulheres, aprimoraram as técnicas nas operações das máquinas, cortes e costuras dos vestuários, além de fazerem simulados.
“Agradeço a parceria da Assistência Social. Mais uma vez, o Município trouxe esses cursos de grande valia para as comunidades. Meu sentimento é de gratidão e de dever cumprido. Foram alunos comprometidos e empenhados. Sairão daqui pessoas qualificadas que poderão ser inseridas na área em empresas ou se tornarem empreendedoras”, destaca Lucineide.
A costureira Maria José dos Santos não deixa as oportunidades escaparem. O curso de Costureiro industrial de Moda Feminina em Tecido Plano é o segundo realizado por meio da parceria entre o Município e o Senai. Ela já fez um outro, o de Cortador e Costurador de Peças Íntimas.
“Já possuo conhecimento e prefiro fazer cursos para me especializar na área porque a costura se reinventa a todo tempo e precisamos acompanhar o ritmo, se não, ficamos para trás. Espero trabalhar com as confecções, ganhar dinheiro e continuar fazendo reformas em geral. Foi uma boa oportunidade porque aprendemos, ganhamos uma nova profissão, além de servir como terapia porque costurar é perfeito”, afirma Maria José.
Eletricista Automotivo
De acordo com o instrutor do curso de Eletricista Automotivo, Rudney Rocha, o encerramento das aulas práticas do curso está previsto para o fim do mês de maio. Segundo ele, os alunos têm se empenhado para aprender em uma instituição de ensino que possibilita não apenas o estudo teórico, mas, principalmente, o prático.
“Não abrimos mão da teoria, porém, investimos muito na prática nas quais estamos trabalhando com motores elétricos, motor de partida, alternadores, aprendendo sobre todo o processo de geração da eletricidade, seu funcionamento, desmontagem, testes, substituições, assuntos voltados à eletricidade automotiva. Tenho me sentido muito empolgado, motivado por essa turma que sou suspeito para falar. Eles têm se mostrado muito envolvidos, interessados com o curso”, conta o instrutor.
A trancista Edla Santos Lima, 21, moradora do bairro 17 de Março, é a única mulher da turma de Eletricista Automotivo. Ela se interessou pelo curso porque seu tio e sua irmã já atuam na área e decidiu seguir os mesmos passos de sua família.
“Me inscrevi, gostei e estou quase finalizando. Pensei em fazer o de costureira, mas optei por esse ser diferente. Pretendo me aprofundar mais nesse ramo. Achei a iniciativa muito boa porque dá oportunidade para nós que não temos condições de pagar por um curso profissionalizante. É uma grande ajuda para conseguirmos um emprego”, relata Edla.
