Em continuidade às ações da campanha “Proteger a Infância é Transformar o Futuro", a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, promoveu, nesta quarta-feira, 4, debates sobre o enfrentamento do trabalho infantil na capital sergipana.
No primeiro encontro, realizado no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Risoleta Neves, no bairro Cidade Nova, as equipes desta unidade se reuniram com profissionais do Centro de Referência Especializados da Assistência Social (Creas) São João de Deus, do bairro Santo Antônio; e o segundo, realizado pelo Creas Gonçalo Rollemberg Leite, do bairro José Conrado de Araújo, reuniu as equipes do Cras Terezinha Meira, no bairro Olaria.
As ações têm o objetivo de promover estratégias para o enfrentamento ao trabalho infantil, visando sensibilizar a sociedade civil, famílias e o poder público, através dos operadores de políticas públicas setoriais e de organizações não governamentais (ONGs) localizadas nos territórios referenciados pelos equipamentos da Proteção Social do município.
De acordo com o coordenador do Creas São João de Deus, Thiago Silva, a reunião no Cras fortalece as redes setorial e intersetorial, levando em consideração o público que é referenciado pelas instituições presentes.
“Esta sensibilização conta com os profissionais tanto do Cras como da educação e saúde, para dialogarmos sobre o trabalho infantil e a importância da sensibilização, unindo forças para construirmos estratégias e para que, juntos, possamos enfrentar e combater essa realidade”, destacou o coordenador.
A diretora da Escola Estadual João Paulo II, no bairro Cidade Nova, Elaine Malafaia, relatou a importância da educação no combate ao trabalho infantil e como a comunidade pode colaborar para o enfrentamento dessa prática.
“Vejo a importância desse encontro com os Creas e Cras em comunidades escolares como forma de discutir estratégias para combater e divulgar os problemas que o trabalho infantil gera, tanto no presente, como no futuro da criança, além de mostrar à comunidade como podemos intervir para que nossas crianças não sofram com essas consequências”, relatou a gestora escolar.
Já na segunda reunião, a coordenadora administrativa da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Orlando Dantas, Rute Cruz Nascimento, ao salientar a importância do encontro, destacou como o trabalho infantil pode ser prejudicial para o futuro de crianças e adolescentes.
“Além do trabalho infantil, aproveitamos para debater sobre a violência nas escolas. Trata-se de um tema muito importante, afinal uma das consequências do trabalho infantil é que acaba prejudicando as crianças no ambiente escolar, pois elas ficam desmotivadas devido ao cansaço do trabalho. O intuito é que possamos tirar essas crianças desses ambientes e levá-las para as unidades de ensino”, afirmou.
A coordenadora do Cras Terezinha Meira, Elza Barreto, explicou como o debate com os órgãos da saúde e educação influencia nas soluções para o enfrentamento ao trabalho infantil.
“É um passo para unirmos todos os setores governamentais e não governamentais e somarmos esforços para amenizar a situação do trabalho infantil. A educação é extremamente importante nesse trabalho, fazendo parcerias para que possamos ir à unidade escolar debater sobre esse assunto em reuniões com as famílias. Trazer para esse contato os setores da educação e saúde é muito importante, diante da nossa realidade de ainda termos crianças nessa situação, prejudicando suas vidas”, ressaltou.
