A Prefeitura de Aracaju concluiu, nesta quarta-feira, 4, o primeiro “Ciclo de Formação em Agroecologia”, iniciativa promovida pela Gerência de Segurança Alimentar e Nutricional (GSAN) da Secretaria Municipal da Assistência Social, com os integrantes do projeto Cultivando Cidadania.
O Cultivando Cidadania visa inserir pessoas em situação de vulnerabilidade social em uma iniciativa de inclusão produtiva que, além de estimular o consumo de alimentos sem agrotóxicos, tem como proposta promover a geração de renda, através da venda dos produtos que saem das hortas que são plantadas em espaços públicos, a exemplo de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Centros de Referência da Assistência Social (Cras).
As aulas teóricas e práticas foram ministradas na Unidade de Qualidade Profissional (UQP) da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat) situada no conjunto Jardim Esperança, bairro Inácio Barbosa, onde a Prefeitura implantou uma horta comunitária.
De acordo com o engenheiro agrônomo da GSAN, Ivan Barreto, o ciclo formativo reuniu os usuários que já praticam o plantio para sanar dúvidas sobre todo o processo de uma plantação. "Começamos com as aulas práticas para, a partir daí, serem discutidas as problemáticas e darmos as orientações necessárias. No primeiro encontro, ministramos sobre saúde do solo, plantas, irrigação, infertilidade e adubação. Para finalizar, tratamos sobre o controle de doenças, pragas, planejamento e produção”, detalhou.
No Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Maria José de Meneses, o projeto "Semear Saberes, Cultivar Esperança para Colher Cidadania”, implantado há pouco mais de seis meses, já conta com hortas cultivas pelos usuários do equipamento socioassistencial. A educadora social da unidade, Maria Cristina Assunção, participou com o seu grupo da formação.
“Atualmente, contamos com seis pessoas. Quando iniciamos, todos se encantaram com o projeto e ficaram entusiasmados para cultivar o espaço. Ivan nos fez a proposta para termos, além de conhecimento prático, informações teóricas e achamos necessário. Com um conhecimento mais técnico, conseguimos aprender mais e cuidar melhor das nossas hortas. Está sendo uma experiência fantástica”, contou.
O autônomo Luiz Filho, um dos representantes do Grupo Criliber - Criança E Liberdade, da comunidade quilombola Maloca, no bairro Getúlio Vargas, implantou um horta na região com o apoio de moradores, e desde então recebe o acompanhamento da administração municipal.
“Desde 2017 iniciamos a horta comunitária que hoje é uma agricultura familiar. Tivemos uma parceria junto com a Secretaria da Assistência Social, porque precisávamos de orientações de um profissional e ferramentas de cultivo para que pudéssemos dar continuidade ao projeto. Toda semana, recebemos as visitas de Ivan que acompanha todo o processo de cultivo. Aqui, pudemos aprender e trocar ideias com outros colegas”, afirmou.
