Além de cumprir o seu papel, o assistente social vai além de uma profissão. Em comemoração ao Dia Nacional do Assistente Social, celebrado neste domingo, 15, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, reconhece a atuação de 129 assistentes sociais que se dedicam a estender a mão ao próximo para proporcionar o bem-estar social com equidade na capital sergipana.
Na atual gestão, o assistente social ocupa diferentes áreas de atuação, dentro do campo profissional. Eles assumem cargos desde a secretaria da pasta, como diretoria, gerência, coordenadoria, referência e assessoria técnicas nas Proteções Sociais Básica (PSB) e Especial (PSE) de Média e Alta Complexidade, Coordenadoria de Programas e Benefícios Socioassistenciais, Diretoria e Coordenadoria de Políticas de Transferência de Renda e Coordenadoria de Prestação de Contas, de Convênios e Fundos.
A secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Santana, está na política de assistência social há mais de 15 anos. Formada em serviço social com especialização em Gestão de Conflitos, Mediação Familiar, Gestão de Pessoas e Psicologia Organizacional, ela já atuou como coordenadora de uma unidade socioassistencial, assessora técnica administrativa, assessora executiva, secretária-adjunta e, atualmente, há três anos, está a frente da Secretaria.
“Para nós, gestores da assistência social, todos os dias é o dia do assistente social. É um profissional extremamente importante para a política de assistência social e para efetivação da garantia dos direitos dos nossos usuários, cidadãos aracajuanos. Hoje, o assistente social perpassa por várias políticas, ele está presente em vários setores de uma forma muito essencial. Viemos traçando caminhos e ampliando esses espaços. Parabenizo a todos os assistentes sociais, em especial, os profissionais que compõem a pasta. Deixo o meu abraço, o meu carinho e o meu respeito a todos vocês”, destacou.
Janaína Lameira Félix é bacharela em serviço social há quase oito anos. Em 2017, foi convidada a trabalhar na pasta como assistente social do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Maria Diná Menezes, situado no bairro 17 de Março. Seu papel é conhecer a realidade local, identificando famílias em situação de vulnerabilidade social e fazer com que elas acessem seus direitos e garantias que as asseguram, a exemplo da inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais municipais e federais. Também previne situações de vulnerabilidade, risco social e fortalece os vínculos familiares e comunitários através de ações socioeducativas e da oferta de serviços socioassistenciais.
“A assistência social não estava nos meus planos, mas ela me chamou para trabalhar e foi o que me oportunizou às primeiras experiências que me renderam reconhecimento enquanto profissional e me fez ter o primeiro contato com o público LGBTQIAP+, de extrema vulnerabilidade. Foi essa população que fez despertar em mim ainda mais o interesse pela assistência social e por conseguir, dentro da política pública, fazer alguma coisa pelas minorias", disse.
Para Janaína, os assistentes sociais enfrentam inúmeros desafios e a assistência social vai além de uma área profissional, sobretudo, humana. “Todos os dias tento me reinventar para me adaptar à dinâmica e continuar atendendo à comunidade como ela merece, fazendo o possível para dar acesso aos direitos. Cumpro todos os dias o juramento que eu fiz e, apesar da luta ser muito grande e árdua, enquanto eu acreditar que posso fazer algo pelas pessoas, vou me manter firme lutando com as armas que o serviço social me ensinou”, finalizou.
Yolanda Oliveira é assistente social há 36 anos. Desde que se formou, está na administração municipal. Atualmente, ela é coordenadora de Políticas de Transferência de Renda do Município. Seu papel é gerenciar o Cadastro Único na capital de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza e viabilizar benefícios sociais como o Programa Bolsa Família. Ela também integra a equipe que pensa em ações e mutirões itinerantes como estratégia para inscrição de cidadãos no CadÚnico em diversos pontos da cidade.
“Acompanhei todo processo de construção da Assistência Social até se tornar uma política pública de direito. O nosso papel enquanto profissional de Serviço Social é atuar nas políticas sociais para garantir direitos ao cidadão, de forma que ele alcance sua autonomia, reconheça suas potencialidades e consiga superar suas vulnerabilidades”, contou.
A data
O Dia do Assistente Social surgiu a partir da aprovação da Lei nº 3.252, de 27 de agosto de 1957, pelo Decreto do Conselho de Ministros nº 994, de 15 de maio de 1962, que regulamentou e oficializou a profissão no Brasil. Em 1993, no entanto, a Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993, houve uma nova regulamentação da profissão. Em homenagem à regulamentação inicial da profissão, em 1962, o dia 15 de maio é considerado o Dia Nacional do Assistente Social.