Na manhã deste sábado, 28, a zona Sul e a antiga Zona de Expansão da capital sergipana foram o foco da equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social da Prefeitura de Aracaju, ofertado pela Secretaria Municipal da Assistência Social, para dar continuidade à campanha “Proteger a Infância é Transformar o Futuro” de enfrentamento ao trabalho infantil.
Comerciantes de estabelecimentos de setores variados, entre lojas de roupas, alimentação, bebidas, além do Mercado Municipal Vereador Milton Santos, popularmente conhecido como “Mercado do Augusto Franco”, se somaram a mais uma iniciativa da administração municipal, que visa prevenir, combater e erradicar atividades que violem os direitos de crianças e adolescentes.
As ações de sensibilizações foram intensificadas em abril deste ano pelos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas), em seus territórios de abrangência, com os operadores das políticas públicas setoriais e representantes da sociedade civil. Em sua segunda etapa, as equipes realizam abordagens sociais em espaços de grande circulação de bens, pessoas e mercadorias, com o objetivo de alcançar comerciantes responsáveis pelos estabelecimentos visitados.
A iniciativa vem sendo promovida pela Gerência da Média Complexidade, do âmbito da Proteção Social Especial (PSE), setor vinculado à Diretoria de Políticas da Assistência Social de Aracaju (DPAS), em conjunto o Serviço Especializado em Abordagem Social e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) da capital.
Conscientização
De acordo com a gerente da Média Complexidade da Assistência Social do Município, Vanessa Barreto, o futuro só é garantido quando se protege a infância. Para isso, é preciso garantir o desenvolvimento pleno de meninos e meninas para que consigam acessar um futuro melhor por meio do acesso à educação, cultura, lazer e esporte e não ao trabalho precoce.
“A criança ou o adolescente, que já estão inseridos no trabalho infantil, estão mais vulneráveis ao acesso a direitos, ao processo formativo e acabam sendo uma mão de obra barata não qualificada. Por vezes, a relação estabelecida entre esse jovem e o empregador é abusiva e fazemos essas sensibilizações para mostrar a importância da execução dessa política na proteção desse público que estão desenvolvendo essas funções nos espaços comerciais. Trabalho permitido é só aquele a partir dos 14 anos de idade como aprendizagem na perspectiva de trabalho protegido”, explicou.
Há três anos, a comerciante Ivanete Silva abriu a sua loja de artigos de artesanato na Orla Pôr do Sol, situada no Mosqueiro. Ela aderiu à campanha permitindo a colagem do cartaz em frente ao seu estabelecimento. “É uma ação bacana porque a criança sem estudo não é nada. Todos devem denunciar”, opinou.
O proprietário de um açougue localizado na Aruana, Vanderson Rocha, contou à equipe de Abordagem Social que presencia situações de trabalho infantil. Para ele, a atuação da Prefeitura é necessária. “Vocês estão de parabéns porque essa situação é recorrente no bairro e precisamos saber a quem recorrer. Fico feliz”, elogiou.
Já no Mercado Augusto Franco, o aposentado José Souza de Oliveira, leu com curiosidade as informações contidas no folheto da campanha. Ele é contra o Trabalho Infantil. “Tenho dois netos, dou conselho ao caçula para ele não trabalhar porque criança não pode trabalhar para não perder o colégio. Eu digo: Meu filho, estude. Sou contra o Trabalho Infantil”, contou.