Prefeitura oferta linha de cuidado para pacientes com doença renal crônica

Saúde
05/07/2022 15h47

A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), elaborou e vem executando uma linha de cuidado específica para os usuários do Sistema Único de Saúde com Doença Renal Crônica (DRC). Caracterizada pela incapacidade de um bom desempenho dos rins, a DRC exige tratamento direcionado e especializado. 

Assim como na maior parte dos serviços básicos da rede, a porta de entrada é a Unidade Básica de Saúde do bairro, seja por demanda espontânea ou agendamento prévio, onde, logo na recepção, é feito o cadastro no prontuário eletrônico. Após a consulta com a enfermagem sobre a suspeita do diagnóstico de Doença Renal Crônica (DRC), o usuário é encaminhado para a consulta médica e solicitação de exames, para acompanhamento na própria UBS. 

Quando a DRC é identificada e o paciente não apresenta um quadro descompensado, é feita a classificação diagnóstica, do estágio I ao V, e de acordo com cada estágio, há um acompanhamento específico. Esse tratamento, a depender da classificação da doença, pode ser feito na própria Unidade Básica de Saúde, na Rede Especializada (com o nefrologista) ou ainda através do ambulatório pré-dialítico. 

“Os casos onde o paciente se encontra no estágio dialítico, ele recebe acompanhamento especializado para a realização da diálise peritoneal ou a hemodiálise. Casos onde não há um controle clínico da doença são encaminhados para a rede hospitalar através do Hospital Universitário ou o Hospital de Urgência de Sergipe”, declarou a referência técnica do Programa de Saúde do Adulto, Vanessa Barreto. 

Sintomas

De acordo com o Ministério da Saúde e dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, 7,2% das pessoas acima dos 30 anos e entre 28% e 46% dos indivíduos acima dos 64 anos têm Doença Renal Crônica (DRC) no mundo. No Brasil, a estimativa é de que mais de dez milhões de pessoas tenham a doença. 

Com avanço silencioso, a doença renal crônica pode demorar a manifestar sintomas e, para isso, é fundamental a avaliação médica regular, uma vez por ano. Entre os sinais que podem gerar suspeita de DRC estão: o aumento do volume e alteração na cor da urina; incômodo ao urinar; inchaço nos olhos, tornozelos e pés; dor lombar; anemia; fraqueza; enjoos e vômitos; e alteração na pressão arterial.

Prevenção

Muitas doenças são possíveis de prevenir quando há uma maior qualidade de vida, com a mudança de hábitos. A técnica da SMS explica que quando não há uma ligação hereditária com as doenças, são grandes as chances de evitá-las, com uma rotina mais saudável. 

“Tendo a hipertensão e diabetes como doenças associadas à doença renal crônica, o primeiro passo para se prevenir da DRC é evitar o desenvolvimento dessas duas doenças, infelizmente tão comuns entre os brasileiros. E, para isso, a mudança de hábitos é essencial: alimentação equilibrada, a prática regular de atividade física, uso moderado de bebidas alcoólicas, além de conhecer o histórico de doenças na família e realizar check up anualmente”, orienta Vanessa.