Preocupada em ampliar o cuidado a usuários das unidades de acolhimento socioassistenciais e oferecer um atendimento humanizado, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, concluiu, nesta quarta-feira, 13, o curso de capacitação profissional ofertado aos cuidadores sociais aprovados no Processo Seletivo Simplificado (PSS), realizado por meio da abertura do Edital Nº 01, em janeiro deste ano.
O Processo Seletivo foi realizado pela Secretaria Municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), em conjunto com a Assistência Social de Aracaju. A formação ocorreu durante três dias no auditório do Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos (sede da Prefeitura), situado no bairro Ponto Novo.
De acordo com a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Santana, a função de cuidador social não é apenas operacional, exige amor ao próximo. A pasta espera intensificar os cuidados diários aos usuários com a chegada dos novos profissionais.
“Nossa expectativa é atender as demandas existentes dentro das unidades que só podem ser desempenhadas por esses profissionais. Gostaria de ressaltar que esse momento de capacitação foi muito importante porque percebemos perfis aptos para exercer a função. Durante esses dias, sanamos as dúvidas, identificamos àqueles que realmente se dispuseram a desempenhar a função nos equipamentos com suas especificidades. Esperamos que eles cheguem com muito amor, dedicação, respeito, paciência e empatia porque nosso usuário precisa ser acolhido com dignidade e qualidade de vida”, ressalta a gestora.
De acordo com o coordenador da Proteção Social Especial (PSE) do Município, Edilberto Filho, neste primeiro momento, o total de 61 trabalhadores de uma lista de 110 receberam a preparação. Os demais que completam o número de vagas também já foram convocados e receberão o mesmo treinamento.
“Tratamos sobre os direitos humanos, sociais, aspectos da cidadania, respeito, empatia, cuidados em saúde e manipulação de alimentos. A ideia é proporcionar um ambiente mais acolhedor com as respectivas técnicas que os cuidadores desenvolverão nos próximos dias. Os próximos cuidadores participarão desse processo formativo a partir dos dias 20 e 21 deste mês. A secretaria entende que é uma função primordial para a boa execução dos serviços socioassistenciais e com isso garante a preservação dos direitos humanos, da cidadania e possibilita uma condição de superação das vulnerabilidades e das mazelas sociais”, detalha o coordenador.
Coordenadores, assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais das instituições de acolhimento da PSE de Média e Alta Complexidade, onde os profissionais atuarão nos próximos dias, também contribuíram para o processo formativo. Os cuidadores sociais foram divididos em grupo para receberem as orientações das equipes técnicas, compostas por assistentes sociais, psicólogos e pedagogos com o intuito de conhecerem as especificidades de cada equipamento socioassistencial.
Segundo a coordenadora do abrigo Caçula Barreto, a assistente social Meiry Ane Santana, os profissionais sanaram dúvidas sobre seu papel dentro da instituição de acolhimento. Para ela, o cuidador faz parte do processo de acolhimento e também cumpre outra importante função social.
“Cerca de 25% desses profissionais já possuem experiências, os demais não. Foram feitas perguntas sobre o fluxograma do abrigo, como rotina do equipamento, dia a dia com os adolescentes e situações vivenciadas. Tivemos o cuidado em falar sobre o papel do cuidador social e quais as formas de acesso do usuário à unidade. Pontuamos que todo profissional que atua em uma unidade de acolhimento é um educador porque também fazem parte de um processo educacional. Eles compreenderam bastante sobre a escuta qualificada, diálogo e orientação aos assistidos”, explica Meiry.
Os certificados de conclusão com carga horária de 24h serão entregues posteriormente.
A cuidadora social Karolayne Silva estava na expectativa para saber onde seria sua lotação. No mesmo dia em que foi selecionada no PSS, ela pediu demissão da empresa onde trabalhava porque estava certa de que trabalharia com o público que mais se identifica.
“Desde que cheguei aqui, vi que o abrigo Sorriso atendia crianças. Fiquei na expectativa na hora de anunciarem e quando me chamaram para essa unidade, fiquei feliz porque era um local onde esperava trabalhar e porque gosto muito de criança. Estou muito feliz mesmo”, frisa Karolayne entusiasmada.
O cuidador social Ariovaldo Santana foi lotado para trabalhar na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) General Freitas Brandão, local onde funciona o abrigo para pessoas em situação de rua. Ele já atuou com crianças e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.
“Gostei. A coordenadora faz um belo trabalho. Acredito que é um local onde todos gostariam de trabalhar. Espero aprender muito com eles, contribuir de alguma forma para a vida deles e fazer um bom trabalho”, conta Ariovaldo.
