Prefeitura realiza Workshop de Cadastro e Tecnologias para Gestão Territorial de Aracaju

Agência Aracaju de Notícias
11/08/2022 17h45

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Fazenda (Semfaz), realizou, nesta quinta-feira, 11, o primeiro Workshop de Cadastro e Tecnologias para Gestão Territorial de Aracaju. O evento debateu de forma abrangente a formação do cadastro multifinalitário da capital sergipana, apresentando as novas tecnologias adotadas para a elaboração deste levantamento, uma forma de aumentar a transparência no processo de planejamento, além de reforçar a integração entre gestores e o quadro técnico envolvido neste trabalho, tendo como foco o Projeto de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE-Aracaju).

Realizado na Universidade Federal de Sergipe (UFS), o evento é uma parceria da Semfaz com o Departamento de Estatística e Ciências Atuariais do campus, com apoio da Fundação Escola Politécnica da Bahia e da Escola de Governo e Administração Pública de Aracaju. 

Foram pautados temas sobre bases de dados integradas, o processo de formação do cadastro fiscal de Aracaju, bem como sua estrutura atual, e os avanços e desafios para a implantação do cadastro territorial multifinalitário em Aracaju, assim como a possibilidade de participação de outras secretarias nesse banco de dados, com a finalidade de ampliar a capacidade de execução dos serviços prestados para a população.

“Esse workshop tem o objetivo de mostrar o andamento dos trabalhos, as potencialidades, utilizações e usos futuros que esse cadastro pode ter na formulação das políticas públicas de Aracaju. A gente já conta com equipes de algumas secretarias envolvidas diretamente nisso e até de alguns órgãos externos que estão trabalhando conosco, mas precisamos capacitar equipe de todas as secretarias. Por isso, aqueles que trabalham com georreferenciamento, geoprocessamento, TI e planejamento foram convidados a participar do workshop, justamente para poder se capacitar, conhecer as ferramentas e entender como elas vão poder utilizá-las, junto aos seus conhecimentos, no seu local de trabalho”, explica o secretário municipal da Fazenda, Jeferson Passos.

O evento contou, ainda, com a participação de representantes de entidades e órgãos que estão integrados na sociedade, mesmo não fazendo parte da gestão do município de Aracaju, como da Companhia de Saneamento Básico de Sergipe (Deso), da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, do Observatório de Sergipe, da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), professores da UFS e palestrantes de outras instituições federais do país.

O professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Artur Caldas, que presta consultoria à Semfaz na construção do novo cadastro multifinalitário de Aracaju, destacou que “o workshop faz parte de um conjunto de ações da Prefeitura de Aracaju, nucleada pela Semfaz, que está reestruturando todo o conjunto de informações geoespaciais do município”. 

De acordo com ele, esse é um projeto que vem sendo pensado e elaborado há alguns anos e “esse momento de hoje foi um ambiente onde a Prefeitura pôde compartilhar para o conjunto da gestão municipal, de forma que o projeto possa ter efetividade e sucesso na sua implementação, uma vez que isso depende desse engajamento do quadro técnico e gestor do município”.

Auditor de tributos da Semfaz, João Prado foi um dos palestrantes do evento e relembrou dos processos já realizados na cidade, com a finalidade de se obter um mapeamento geográfico, e destacou a importância de se agregar tecnologia nesse novo cadastramento, além de lembrar que a capital sergipana é uma das poucas cidades do país com um projeto que possui o nível de detalhamento como o IDE-Aracaju.

“Em 1994, tínhamos uma base cadastral voltada para informações isoladas, e foi feito um recadastramento geral nesse período, mas sem uma precisão cartográfica adequada. Depois, em 2004, foi realizado um programa de voo aéreo, para fazer esse mapeamento cartográfico, no entanto, ele não foi feito pensando em uma estrutura espacial. Então, atualmente, com o IDE, estamos fazendo o levantamento de dados espaciais que se integram às informações de cadastro do cidadão. A ideia é ter tanto uma base cartográfica, como cadastral, se integrando, uma base única que o município possa compartilhar”, declara João.