Perimetral Oeste: visita técnica analisa questões socioambientais para etapa 3 da obra

Enquanto as obras da primeira etapa da avenida Perimetral Oeste seguem em andamento, no bairro Soledade, a Prefeitura de Aracaju prossegue com outras ações nas etapas em que ainda serão executados os serviços da obra. Na manhã desta sexta-feira, 19, as secretarias municipais da Assistência Social, do Meio Ambiente (Sema) e do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), além da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) e a Diagonal, empresa responsável pelo trabalho técnico social, fizeram uma visita técnica no local correspondente à etapa 3, no bairro Lamarão, para analisar questões socioambientais da região. 

Na área, onde será erguido um dos trechos da avenida, existe a predominância de vegetação de mangue, bem como de famílias que vivem da carcinicultura, que é o cultivo de camarão para a venda, um trabalho típico dessas regiões e que garante a renda de parte das famílias locais. 

Com o intuito de atender e garantir a responsabilidade social com essa população que será retirada do local, para ser reassentada ou indenizada em virtude da obra, assim como estabelecer os cuidados ambientais a serem tomados com a área verde, as equipes envolvidas na construção da Perimetral Oeste visitaram e discutiram as estratégias a serem traçadas nos próximos passos para o andamento dos serviços.

“Fizemos essa visita técnica para identificar as famílias que vivem desse cultivo e saber qual é a situação desses viveiros, a sua regularidade, as condições socioeconômicas das famílias, se elas sobrevivem exclusivamente do cultivo do camarão, a quantidade de viveiros e outras informações para que possamos traçar um diagnóstico atualizado. Esta análise é fundamental para encontrar os caminhos, no sentido de identificar o impacto da construção da avenida para as famílias que sobrevivem desse cultivo e saber como agir nas compensações e soluções para viabilizar a obra, de forma que ela não traga nenhuma afetação negativa para essas famílias”, explica a diretora de Gestão Social de Habitação, Rosária Rabelo.

Construída com recursos do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), a Perimetral Oeste, ainda em fase inicial, já é considerada uma das maiores obras realizadas na cidade, por isso mesmo exige da gestão municipal um trabalho integrado, a fim de garantir que a população que vive e sobrevive da renda obtida no local não seja afetada de forma negativa, além de garantir o compromisso da Prefeitura com o meio ambiente e com a sustentabilidade, através de maneiras que tornam o serviço economicamente executável, como destaca a coordenadora ambiental do Programa de Requalificação Urbana, Heloísa de Souza.

“A etapa 3 já possui o seu licenciamento e autorização ambiental, então, ambientalmente falando, estamos corretos e prontos para podermos iniciar a obra, mas essa ação conjunta serve, justamente, para que possamos trabalhar de forma integrada. Já realizamos o mapeamento desses viveiros e também fizemos a medição deles, agora, estamos nesse trabalho de campo para a checagem da quantidade e dos tipos de viveiros que existem no local. Nosso objetivo é promover o desenvolvimento sustentável com essa obra, por meio de um trabalho socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto”, enfatiza Heloísa. 

Mesmo que no trecho 3 as obras ainda não estejam em fase de execução, é essencial a participação da Emurb como parte do corpo técnico que realizou a visita no local nesta sexta-feira, a fim de evitar qualquer tipo de contratempo que possa surgir com a comunidade local e com o meio ambiente.

De acordo com o técnico da Emurb Ademar Valente, “esta etapa será uma obra grande, que corresponde ao limite com o município de Nossa Senhora do Socorro e se ligará com a ponte que está sendo erguida sobre o Riacho do Cabral, por isso, é muito importante a presença da Emurb nessa visita, junto com as outras equipes”.