Escola de Artes fomenta cultura local e troca de experiências artísticas

Agência Aracaju de Notícias
01/09/2022 14h05

Ao ofertar mais de 44 oficinas, em áreas diversas como música, dança, teatro e artes visuais, a Escola de Artes Valdice Teles, unidade vinculada à Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), tem feito importante trabalho ao promover a cultura local e a troca de experiências artísticas entre professores e alunos. De volta, no último mês de agosto, para continuidade das atividades, as aulas, agora, são totalmente presenciais.

O local conta com um perfil de matriculados das mais diversas idades, que aproveitam da expertise dos instrutores para desenvolver as próprias habilidades artísticas, mas também sociais neste período pós restrições sanitárias.

"Após os dois anos de pandemia, voltamos com força total às atividades da Escola de Artes Valdice Teles, com novas linguagens artísticas incorporadas à sua grade de ofertas e novas oficinas programadas para o mês de outubro. Além disto, aumentamos a quantidade de vagas, já que a procura só tem aumentado a cada semestre, numa prova da relevância cultural dessa escola", explica o presidente da Funcaju, Luciano Correia.

Os alunos estão tendo a chance, ainda, de expandir sua sergipanidade, com conteúdos que reforçam a riqueza da identidade local, como aponta o professor Pedro Mendonça, que ministra a oficina de pandeiro.

“Esse é o primeiro ano que estou oferecendo uma oficina de pandeiro específica sobre os ritmos sergipanos, como samba de pareia, lambe sujo, marujada e samba de coco. Estamos dando continuidade neste segundo semestre com a parte técnica, que requer bastante exercício. Acho que a Valdice tem dado essa contribuição, através das oficinas, de leituras ricas e reforço da cultura local. É muito bacana”, comenta Pedro.

Para o pedagogo Evilásio Pereira, 63 anos, participar das oficinas tem sido a realização de um sonho. Sua missão é nobre: além de compreender as nuances do ritmo para uso pessoal, ele pretende utilizar o novo conhecimento para melhorar sua atividade profissional.

“Eu pretendo facilitar o meu trabalho como professor, melhorar as minhas aulas com o uso do pandeiro, de forma lúdica. Eu sempre gostei de percussão e música, e decidi me inscrever, acho que a arte melhora a vida de cada um. Além disto, esse é um espaço com muitas opções, e gratuito, facilita demais o acesso”, aponta Evilásio.

Já amplamente conhecido entre os percussionistas da cidade por conta do seu talento e didática, o professor Edson Silva, conhecido como Pequeno, vê a escola como um espaço de reunião, onde uma troca de experiências respeitosa pode se estabelecer, fazendo todos evoluírem com o processo.

“Estou há sete anos ofertando o curso básico de percussão na Valdice Teles. A minha metodologia das oficinas segue o calendário cultural da cidade, ou seja, começo ensinando samba, próximo do carnaval; o pé de serra, na época junina; agora, estamos vendo os ritmos folclóricos; em novembro, teremos os temas afros e, no final, preparando para o carnaval do próximo ano, frevo. Esse é um espaço totalmente acolhedor e que agrega pessoas para fazer parte de um mundo muito interessante, o da arte. A Valdice Teles é magnífica, totalmente necessária”, ressalta Edson.

A publicitária Lorena Nobre, 27 anos, também tem aproveitado bastante as oficinas promovidas no local, buscando meios para expressar sua paixão pela música.

“Estou na oficina desde o início do ano, começamos as aulas pouco depois do carnaval. Sempre me interessei muito por música, em todas as áreas, e já tinha ouvido falar muito bem do professor Pequeno, que é uma referência para os percussionistas. Eu vejo música como uma extensão, que circunda a gente o tempo todo, está presente na vida de todo mundo, então fiz piano aqui também. É um espaço que me faz sentir bem”, comenta Lorena.