Perimetral Oeste: consulta pública reúne famílias da 3ª etapa para sanar dúvidas e acolher demandas

Agência Aracaju de Notícias
06/09/2022 18h32

Nesta terça-feira, 6, em continuidade à execução das ações realizados para a construção da avenida Perimetral Oeste, foi realizada mais uma consulta pública, agora, com os moradores da região correspondente à terceira etapa da obra, que contempla os bairros Lamarão e Soledade, local que possui 113 imóveis e, em breve, onde passará a nova via. O encontro foi realizado no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) João de Oliveira Sobral, no bairro Santos Dumont.

Na ocasião, foi apresentada aos moradores das comunidades a equipe que compõe a empresa Diagonal, responsável técnico-social no projeto, assim como foi informado o local de atendimento para a população, o Escritório Social situado da travessa Santa Gleide, 88 - São Carlos. Foram apresentados, também, os representantes das secretarias do Município envolvidas no empreendimento, alguns detalhes sobre a elaboração da obra, com apresentação dos trechos onde ela será inserida na região da etapa 3, bem como informações a respeito do Bônus-Moradia e indenizações que serão pagas, a depender de cada situação. 

Presente no encontro, a secretária municipal da Assistência Social, Simone Passos, conversou com os moradores, enfatizando o compromisso da gestão municipal em atender cada pessoa que será realocada ou indenizada, e explicou que essa consulta pública é mais um avanço na elaboração das obras da avenida Perimetral Oeste.

“Hoje, mais uma etapa se avança por meio dessa consulta pública realizada com as pessoas da terceira etapa, onde as chamamos para que comecem a entender mais do projeto. A Prefeitura de Aracaju, em mais um encontro, recebe com muito respeito e cuidado essas famílias. Esse foi o momento para apresentar a empresa que vai trabalhar com elas, mantendo contato com essas famílias, além de mostrar todo o trabalho que será feito com a realocação delas, desde a negociação de indenização, até a inserção no Bônus-Moradia. A parte social é a primeira que entra no projeto e a última que sai e, hoje, através da Diretoria de Habitação, estreitamos esse contato com as famílias”, afirma a secretária.

Em consonância com a fala da secretária, a diretora de Gestão Social de Habitação, Rosária Rabelo, detalhou o número de imóveis que serão afetados com a obra, em cada um dos dois bairros, e ressaltou a importância dessa abertura de espaço com a comunidade para ouvi-la e também informá-la.

“Essa é mais uma consulta pública para que a gente possa validar o Plano de Reassentamento Involuntário das famílias da terceira etapa da obra. Nela, teremos 113 imóveis afetados, sendo 58 na Soledade e 55 no Lamarão, e esse é um espaço de diálogo e de discussão com as famílias, de ouvir críticas, sugestões, demonstra a transparência no projeto. Aqui, essas famílias podem se manifestar em relação ao projeto e a Prefeitura de Aracaju pode trazer todas as informações referentes à construção, ao reassentamento, às indenizações, para que a obra possa acontecer. É um momento importante de trazer as comunidades para participar lado a lado com a gente na construção desse novo desenvolvimento para a cidade”, ressalta Rosária.

Maria Socorro dos Santos é moradora do bairro Lamarão e será uma das primeiras a receber atendimento da empresa Diagonal, a fim de verificar se ela receberá indenização ou se será uma das famílias que vão receber o Bônus-Moradia. Ciente da própria situação, a senhora que completará 66 anos no próximo dia 8 se emocionou ao saber que passará a viver, em breve, em um local digno.

“Essa reunião foi maravilhosa, pois só em sonhar de sair do ‘muruí’, para mim foi a melhor coisa da minha vida. Estou onde moro porque não tem jeito e, agora, saiu um peso das minhas costas. Só Deus sabe, isso é de coração. A obra vai mudar completamente a minha vida e dos meus familiares que moram perto de mim, minhas vizinhas, de todos nós. Hoje, eu entendi tudo certinho, elas explicaram de forma maravilhosa, não tem como ninguém ficar com dúvida porque jamais a Prefeitura vai tirar a gente de um lugar daquele para colocar em um pior. A gente chora de alegria e chora de tristeza, mas hoje eu estou chorando de alegria, pode ter certeza. Completo 66 anos dia 8 e esse é o maior presente da minha vida”, relata Maria.

Também morador do Lamarão, Elionaldo dos Santos, além de participar da reunião, se comprometeu em fazer parte da comissão que acompanhará as obras, representando os moradores, e será uma ponte entre as famílias, a empresa Diagonal e a Prefeitura de Aracaju, para que tudo ocorra de forma transparente. Ele afirma estar tranquilo e seguro com os processos que devem vir de agora em diante.

“Nessa consulta pública deu para esclarecer as dúvidas e eu vi que, para a comunidade será uma boa situação, que as pessoas vão sair da invasão para ter uma moradia digna ou serem indenizados, então, será bom, estou de acordo. Resolvi me oferecer para fazer parte da comissão, pois sou líder comunitário e vamos divulgar as informações para deixar tudo claro para a comunidade. Agora, é aguardar receber a ligação do pessoal da Diagonal para resolver isso. Estou tranquilo, me sinto acolhido pela Prefeitura e é só esperar a moradia nova”, comenta Eionaldo.

Ao final da consulta pública, com as devidas apresentações e informações prestadas, vem a vez da Diagonal atuar de forma ainda mais direta com essa população. Segundo a assistente social da empresa, Ayara Wanderley, “a consulta pública é o momento inicial, o pontapé para poderem ser feitas as tratativas com todas as famílias, iniciando pelas etapas, considerando o cronograma de obra”.

“Considerando todo o cronograma de obra e as prioridades da situação de reassentamento e indenizações, vamos convocar as famílias, além das ações gerais, entrando na comunidade, visitando, conhecendo a realidade que, mesmo já tendo todo esse histórico, agora, nos aproximamos ainda mais. Nosso plantão social continua funcionando e está disponível para as famílias, para atender nesse momento que gera ansiedade, de situações que estão próximas à obra, todo um aparato para atuar com o nosso plantão social, canais de comunicação voltados para a comunidade”, completa Ayara.