Perimetral Oeste: Moradores do Bugio e Jardim Centenário participam de consulta pública

Agência Aracaju de Notícias
08/09/2022 18h16

Na tarde desta quinta-feira, 8, moradores dos bairros Bugio e Jardim Centenário, que vivem no trecho onde passará a Perimetral Oeste, nova avenida da capital sergipana, participaram da consulta pública que apresentou para eles as equipes da Prefeitura de Aracaju e da empresa Diagonal, responsável técnico-social do projeto.

O encontro aconteceu no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), João de Oliveira Sobral, localizado no bairro Santos Dumont, e foi uma oportunidade para também esclarecer dúvidas para as famílias que precisarão ser desapropriadas no trecho correspondente à segunda etapa da construção.
 
A reunião com os moradores marca mais um passo dado pela Prefeitura de Aracaju em seguimento à construção da nova via que passará pelos bairros Lamarão, Santos Dumont, Soledade, Jardim Centenário e Bugio, além de demonstrar o compromisso da gestão do município com as questões sociais envolvidas nesse empreendimento público.
 
Com o encontro, a gestão municipal demonstra credibilidade na execução do projeto, como destaca a técnica de referência dos trabalhos sociais da Secretaria Municipal da Assistência Social, Alexandra Freire. “Com as informações que passamos para eles, mostramos para a sociedade como essa obra está acontecendo e ouvimos deles quais são as suas demandas e dúvidas, até para que possamos estar preparando o nosso trabalho. Explicamos quando esse trabalho vai iniciar, de fato, com a comunidade, quando vai começar os contatos e as negociações e discutir com eles os critérios para reassentamento e indenização. Esse encontro faz com que eles acreditem muito mais nesse projeto, que tem sido construído a várias mãos. Desde o início, a gente passou por várias reuniões de consulta, porque a todo momento a gente precisa estar ouvindo da comunidade o que ela está esperando do projeto”, disse.

Além de discutir sobre as moradias, indenizações, Bônus Moradia e tirar dúvidas da população quando ocorrem questionamentos sobre a obra, a consulta pública é ainda um meio para que a gestão municipal possa atuar de imediato com essa comunidade sobre as necessidades de preservação ambiental da área. É neste momento que se torna possível “iniciar esse diálogo mais próximo com a população para trazer a sensibilização com o tema, através de questões socioeducativas", como destaca a coordenadora ambiental do Programa de Requalificação Urbana, Heloísa de Souza.

“Antes mesmo dessa consulta pública, a gente já vem realizando estudos prévios da área para que possamos entender o que temos de biodiversidade na região da segunda etapa. Por isso, hoje, iniciamos esse diálogo mais próximo com a população, para trazer essa sensibilização através de questões socioeducativas com a comunidade. A partir de agora, a gente passa a ter também um leque de atividades, junto com o social, nessa busca de relação de pertencimento e empoderamento da comunidade, porque entendemos que quando a população chega junto e se apropria da questão ambiental, tudo flui de forma mais sustentável e, assim, conseguimos ter um desenvolvimento voltado para a sustentabilidade da obra para fins, tanto econômico, como social e ambiental”, explicou.

Rosineide Gonzaga, moradora do bairro Bugio, foi uma das pessoas dessa comunidade que participou da consulta pública realizada com aqueles que estão envolvidos na segunda etapa das obras. Ela considerou importante o momento que utilizou para sanar dúvidas com o coletivo e enfatizou que manterá contato com as equipes para que possa esclarecer outros questionamentos particulares, a fim de obter transparência durante todo o processo.

“Essa consulta pública foi de grande valia. Nós esclarecemos alguns pontos na reunião, mas ao longo de outras reuniões e encontros particulares vamos ficar sabendo de mais coisas. O rumo da obra, a gente já sabe e eu, que sou funcionária pública e trabalho com pessoas, percebi que tem alguns moradores da região que não compreendem a situação e sempre me procuram para saber sobre o assunto. Como eu trabalho perto da Prefeitura, eu sempre pegava informações e levava para as pessoas e elas confiam nisso. Por isso, me ofereci para fazer parte da comissão que acompanhará as obras. Agora, vamos aguardar os próximos passos”, considerou.

Assim como Rosineide, Edineide Rodrigues também considerou o momento oportuno para fazer alguns questionamentos e afirmou sempre acompanhar as obras que a Prefeitura executa na sua comunidade, alegando que esses empreendimentos públicos sempre valorizam a cidade, proporcionando mais qualidade de vida para a população.

“Aqui deu pra tirar dúvidas, com certeza, e eu sempre acompanho as obras da Prefeitura que têm na comunidade, porque eu sou líder comunitária, então sei que são obras que valorizam a cidade. Existem os malefícios, mas os benefícios passam por cima e a gente fica com muito conforto, a cidade com mais qualidade de vida, é muito bom. Além desse encontro de hoje, precisamos nos unir mais e conversar muito mais com eles para tirar mais dúvidas, que sempre ficam algumas. Hoje estou representando uma casa de herança dos meus pais e preciso honrar tudo isso e mostrar para eles que a Prefeitura tem trabalhado e que é realmente verídico o que vai acontecer, e que vamos ser acolhidos com muito carinho, atenção e valorização”, elogiou.

Também presente na consulta pública, o engenheiro civil da empresa CRZ Engenharia, contratado pela Diagonal, Elson Cruz, falou sobre a importância de escutar a população que, no momento, se encontra preocupada e com muitas dúvidas, e assegurou sobre o processo justo que será adotado para a negociação com essas famílias.

“A primeira importância é de escutar a população, que está muito preocupada e tem muitas dúvidas. Com isso, podemos analisar esses questionamentos para ter um olhar mais humano, até sobre a parte da avaliação. Temos um primeiro laudo da avaliação, que foi feito em 2020. Esse laudo vai passar por correção monetária, mas tem alguns casos em que as pessoas aumentaram as casas, nesses casos, a gente vai fazer uma atualização das avaliações, vamos voltar às casas, serão medidas, fotografadas, será feito um orçamento e um novo laudo, para que assim seja apresentada a proposta e, em seguida, partimos para a negociação”, detalhou.