Idosos participam de roda de conversa sobre saúde mental no Cras do bairro Lamarão

Assistência Social e Cidadania
20/09/2022 16h45

Em alusão ao “Setembro Amarelo”, mês da campanha de prevenção ao suicídio, o grupo de idosos “Reviver” participou, na tarde desta terça-feira, 20, de uma roda de conversa com o tema “Saúde Mental da Pessoa Idosa”, no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Carlos Fernandes de Melo, situado no bairro Lamarão.

De acordo com o coordenador do equipamento da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social, o psicólogo Reginaldo Vieira, a ação integra as atividades planejadas neste mês para o público idoso, usuários do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).

“O mês de setembro também é marcado pelo enfrentamento à violência contra a pessoa idosa. Pensamos em atividades que falassem sobre a temática e a valorização do público, então, unimos essas duas propostas. Já viemos de algumas discussões ocasionadas pela exibição do documentário ‘Envelhecer’, tratamos sobre o Estatuto da Pessoa Idosa e, hoje, trouxemos um psicólogo para tratar sobre a saúde mental, para que eles saibam identificar essas questões e possamos orientá-los. O Cras se disponibiliza para o atendimento e faz os encaminhamentos necessários”, destaca Reginaldo.

O encontro contou com a participação do psicólogo convidado Bruno Madureira, que tratou sobre a temática e realizou dinâmicas para auxiliar os idosos a identificarem os seus sentimentos.

“A incidência de idosos que cometeram suicídio nos últimos 20 anos cresceu 200%, muitas vezes por não serem compreendidos, não terem companhia, pelas perdas da vida. Um encontro como esse vem para alertá-los para a possibilidade de cuidarem da saúde mental, das emoções, e partilharem seus sentimentos. Quando não cuidamos da mente, a mente prejudica toda a nossa saúde”, destaca Bruno.

A dona de casa Maria Amélia Martins, moradora da comunidade, frequenta o Cras Carlos Fernandes há cerca de 10 anos e se sente acolhida em participar das atividades ofertadas pela unidade. 

“Sofro de depressão, mas não aceito. Vou à luta para não deixar me abater, e o Cras acaba sendo a minha companhia porque eu gosto de vir para cá. Me ajuda e como ajuda”, conta Amélia. 

A aposentada Maria Rivanda Matos também frequenta o Cras há cerca de 10 anos e optou participar da ação porque sabia que a roda de conversa lhe auxiliaria de alguma forma. 

“É uma benção para mim. Vamos para passeios, faço atividades, eu amo vir para o Cras. Também tive depressão porque moro sozinha, me sinto sozinha, e essa conversa me ajudou muito. Como o psicólogo disse, temos que colocar para fora, buscar o melhor para nós e aqui me sinto acolhida”, relata Rivanda.