Emef presidente Vargas dá início às atividades da III Semana de Inclusão

Respeito, empatia e acolhimento são alguns dos aspectos abordados na III Semana de Inclusão da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Presidente Vargas, localizada no bairro Siqueira Campos. A abertura da programação foi realizada na manhã desta segunda-feira, 26, no auditório Antônio Vieira Neto, anexado à unidade de ensino, e contou com a presença do secretário municipal da Educação, Ricardo Abreu. Até a sexta, 30, alunos do 1º ao 6° ano participarão de palestras, apresentações culturais, dinâmicas, oficinas e demais atividades ligadas ao tema do evento que, neste ano é  'conheça, entenda, respeite e inclua'.

O intuito da escola, a partir dessa iniciativa, é promover o acesso à educação e oportunizar a inclusão e o respeito à diversidade. Professora da sala de recursos na Emef e idealizadora do projeto, Cristiane Oliveira conta que a ideia da Semana de Inclusão surgiu quando pensou em agregar mais pessoas na discussão sobre as oportunidades e o acolhimento às pessoas com deficiência, levando-as a refletir sobre como lidar com as diferenças.

"As pessoas acham que incluir é só integração, colocar para fazer algo junto a outras pessoas, mas é bem mais que isso. O conceito de inclusão considera as diferenças. As pessoas com deficiência têm limitações, necessitam de interação, sociabilização e auxílio. Estar presente na sala de aula requer, também, respeito por parte das crianças e jovens convencionais porque todos estão ali, convivendo juntos, cotidianamente", explica a professora.

O jornalista Lucas Aribé é cego e foi um dos palestrantes desse primeiro dia de evento. Para ele, é fundamental fazer com que os alunos já convivam com as diferenças e saibam lidar com elas.

"Infelizmente, ainda existe muito preconceito e discriminação. E isso, na maioria das vezes, parte de adultos. Muitas crianças já têm, naturalmente, mais senso de inclusão, mas há pessoas que lhes bloqueiam isso. A gente precisa criar essa conscientização com ações efetivas, seminários e trazer para perto deles quem já conviveu com todos os os processos, de inclusão e de exclusão. Assim, mostramos que há espaço para todos e que todo mundo está aqui pra aprender", declara Aribé.

Cursando o 9º ano, o estudante Angelo Gabriel Souza, de 16 anos, já participou de outras edições da Semana de Inclusão. Segundo ele, os aprendizados adquiridos durante cada atividade traz um sentimento maior de responsabilidade ao lidar com o outro.

"É bem mais fácil que a gente entenda tudo que querem nos ensinar sobre respeito, quando é passado dessa forma, com interações. Moro com uma prima que é pessoa com autismo e a escola tem me ajudado a compreender mais o lado dela. E não só isso, me mostra o quanto é importante ajudar a todos que passam por alguma dificuldade e às vezes cai, até, na depressão, por não conseguirem nem se comunicar", expressa o aluno.

Todos os professores da Emef estão envolvidos no projeto. Em cada turma, são realizadas dinâmicas e abordado o tema entre os estudantes.

De acordo, com a professora Railssa Gomes, do 9º ano, toda a equipe escolar se engaja na inclusão daqueles alunos que fazem parte da Educação Especial.

"Há muito cuidado por aqui para que não haja nenhum tipo de exclusão, trabalhamos isso com o alunado durante todo o ano. Eles aprendem aqui e compartilham ou repassam, também, lá fora, na convivência com todos. Isso contribui, e muito, na formação de cidadãos conscientes", pontua Railssa.