Professores e mães de alunos comentam eficácia do Educaju na alfabetização

Educação
06/10/2022 14h16

Aluno do 3º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor Diomedes Santos Silva, Isaque Gabriel Santiago, de 8 anos, sentiu muita dificuldade no desempenho escolar nas aulas remotas, durante o pico pandemia, quando ainda estudava em uma escola particular. Hoje, ele e sua mãe, Elis Santiago, comemoram o avanço na leitura e escrita, já que, ao longo de todo o ano de 2022, Isaque e outros estudantes da rede municipal de ensino de Aracaju vêm passando por uma série de ações específicas para fortalecer a aprendizagem.

Desde o primeiro semestre, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed) tem posto em prática estratégias do programa Educaju voltadas para o fortalecimento da aprendizagem, na capital. Além de materiais pedagógicos que foram entregues a professores e alunos, a iniciativa conta com capacitação dos educadores e ações, como avaliações diagnósticas e reforço, que visam recuperar o déficit de aprendizado consequente do período de ensino remoto, e combater a distorção idade-série.

"As ações da Prefeitura e da escola têm contribuído para ele avançar muito no aprendizado. Para a idade dele, já era para ele estar lendo fluentemente. Ele sofria bullying na outra escola, chorava em casa porque não conseguia ler. Aqui, sempre há reuniões, houve o reforço de 15 dias nas férias, eles pediram autorização para as famílias e Isaac participou. Fiquei maravilhada. Precisamos, realmente, desse apoio porque por mais que eu faça em casa, se não tivermos esse apoio da escola, não adiantaria", relata Elis. 

Muitas unidades de ensino estão desenvolvendo estratégias complementares próprias para o fortalecimento do processo de leitura e escrita. Na Emef Diomedes Santos Silva, por exemplo, as turmas foram reorganizadas de acordo com os níveis de aprendizagem e um reforço pedagógico de uma hora é oferecido aos alunos que têm mais dificuldades.

"Só do 5º ano, temos seis turmas diferentes, por exemplo, onde as professoras trabalham os livros ‘Relembrando’, material do Educaju. Tínhamos alunos, na mesma sala de aula, que não sabiam ler, ou que só liam sílabas, outros que liam frases. Fizemos isso para que a coordenadora pedagógica pudesse acompanhar o processo em cada grupo e construir um planejamento voltado para o estágio da criança. Apesar de ainda termos muita falta entre os alunos, estamos conversando com as mães e, até o final do ano, conseguiremos recuperar a aprendizagem da maior parte dos estudantes", explica a diretora da Diomedes Santos Silva, Nélida Dantas.

Da Emef Thétis Nunes, do Bairro América, a professora Sherina Carla afirma que o Educaju trabalha a questão alfabética, fonética e silábica de forma integrada. 

"Realmente, temos conseguido fazer um bom trabalho e obter um bom desempenho. O material didático nos deu uma ajuda muito boa. Dá para ver a evolução deles. A maioria não tinha nem consciência alfabética, hoje conseguem ter uma aprendizagem mais rápida e já têm consciência dos sons, tanto que já tenho até alunos que leem textos. Então estamos caminhando para o sucesso", relata a docente.

Aluno do 1º ano na Emef Carvalho Neto, do Novo Paraíso, Guilherme Souza, também tem avançado no processo de alfabetização. Sâmila Souza, mãe da criança, destaca a importância do Educaju. 

"O material de apoio que as crianças receberam para trabalhar pelo Educaju são excelentes. Acompanhei as atividades de perto e meu filho desenvolveu bastante na leitura e escrita, porque esses livros incentivam a pesquisar, a novas descobertas. Ele, por exemplo, começou a ter interesse em ler placas de rua, mercadinhos, farmácias. Foi excelente e amei o trabalho da escola", expressa Sâmila.