Prefeitura e CIEE ofertam oficinas para empregabilidade a adolescentes do Lamarão

Assistência Social e Cidadania
11/10/2022 14h23

A adolescência é uma fase de mudanças, acompanhada, muitas vezes, pelo anseio da própria independência financeira, motivo que levou adolescentes moradores do bairro Lamarão, assistidos pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Carlos Fernandes de Melo, a participarem da “Oficina de Capacitação para Empregabilidade”, promovida pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

De acordo com o coordenador do equipamento socioassistencial, Reginaldo Vieira, a ideia nasceu após o público manifestar interesse pelo mercado de trabalho. Cerca de 30 alunos, entre 15 e 21 anos, participam das aulas.

“Aqui no Cras, temos um grande número de adolescentes, diferente de outros territórios, que já participam de um dos nossos serviços, como o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, e, nesses encontros, os adolescentes sempre falavam sobre trabalho e jovem aprendiz. A partir disso, pensamos em elaborar um projeto que pudéssemos conversar sobre o assunto e apontar alguns caminhos. Como essa oficina já tinha sido realizada em outro Cras, nos unimos ao CIEE para também beneficiá-los”, explica Reginaldo. 

Distribuídos em cinco módulos, estão sendo abordados temas como identidade, trabalho, condutas éticas, planejamento e elaboração de currículo, com carga horária de 10 horas. 

De acordo com o assistente social do CIEE, Nailton Santos, a atividade faz parte das “Oficinas de Cri@tividades” da instituição com o objetivo de preparar o jovem para o mercado de trabalho.

“Nos encontramos todas as quintas-feiras. Tratamos assuntos sobre os tipos de trabalho, a programação que o jovem precisa fazer para entrar no mercado de trabalho, postura profissional e construção do currículo, uma ferramenta de apresentação pessoal muito importante. O que vemos é a falta de informação, muitas vezes, da família, da escola, e o CIEE vem com a perspectiva de se somar à rede, junto às escolas, aos Cras, para trazer essa orientação e atingir o objetivo profissional”, destaca Nailton. 

O estudante Israel Messias Santos, de 15 anos, morador do bairro Lamarão, tem planos para o seu futuro. “Procuro melhorar de vida, ajudar minha mãe, poder dar algo a ela, comprar o que eu quero”, revela. 

A estudante Jennyfer Santos, também de 15 anos, já participa das atividades realizadas no Cras e se interessou pela oficina. 

“Estava atrás de algo que eu pudesse me capacitar para estar à frente dos meus concorrentes. Quero trabalhar para poder ter minhas coisas, ajudar a minha mãe e a minha casa”, conta a jovem.