Coordenadores pedagógicos evidenciam resultados do Programa Tutoria Pedagógica

Educação
25/10/2022 14h16
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O Programa de Tutoria Pedagógica foi uma das estratégias implantadas pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), para potencializar a recuperação da aprendizagem em razão dos efeitos causados pela pandemia, no âmbito educacional. O projeto foi sugerido pela Coordenadoria de Ensino Fundamental (Coeinf), em janeiro de 2022, e introduzida nas escolas da rede desde o primeiro semestre do ano letivo.

Trata-se de estagiários de Língua Portuguesa e Pedagogia que atuam em turmas do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental, com 5h a 10h de carga horária semanal. Sob orientação dos professores, supervisão dos coordenadores e material específico, os tutores auxiliam os docentes no trabalho com alunos que apresentam mais dificuldade. 

"A ação tem sido muito exitosa e as escolas têm elogiado bastante o trabalho e os resultados acelerados que a rede tem demonstrado em relação às crianças que não foram alfabetizadas na idade correta, tanto que, neste segundo semestre, estamos ampliando o Tutoria Pedagógica para outras áreas, como a Matemática, para os anos finais do Ensino Fundamental, nessa mesma perspectiva de que os estudantes com mais dificuldades possam receber um atendimento individualizado para desenvolverem melhor tais habilidades", explica o diretor do Departamento de Educação Básica da Semed, Evilson Nunes.

Segundo os coordenadores pedagógicos da rede, a iniciativa foi uma das responsáveis pelo avanço nos níveis de leitura, identificado a partir das Provas de Fluência Leitora que estão sendo realizadas a alunos do 2º ao 5° ano, a cada 45 dias. 

"Uma das ações que trabalhamos efetivamente com a Tutoria Pedagógica é o domínio das habilidades em ler por parte dos alunos. Os resultados acelerados do 3º ao 5º ano mostram que a ação articulada da rede vem garantindo êxitos. Nossa perspectiva é que, em 2023, possamos chegar também a outros componentes curriculares dos anos finais e essa prática se torne uma constante na rede municipal", explana Evilson. 

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Oviêdo Teixeira, do bairro Olaria, as estagiárias ficaram responsáveis pelo acompanhamento de alunos do 3º ano, auxiliando na alfabetização daqueles com mais dificuldade. 

"Fizemos a reenturmação por níveis de leitura e as tutoras trabalham bastante na formação de sílabas, no princípio da leitura, e os alunos têm avançado. O trabalho individualizado delas tem feito com que haja um melhor desempenho dos estudantes no aprendizado", evidencia uma das coordenadoras pedagógicas da unidade de ensino, Cirleide Souza.

Bárbara Barbosa é uma das tutoras da Emef. Cursando o 3º período de Pedagogia, ela conta que, ao chegar na escola, se pegou assustada com o quanto os alunos necessitavam de recuperação da aprendizagem por conta do período de aulas remotas. 

"Focamos na leitura, alfabetização e letramento. Passamos atividades diferenciadas, e eles estão aprendendo. Percebo, até, que estão faltando menos às aulas. Acho que os pais estão vendo o quanto estamos nos esforçando, que os alunos estão aprendendo, mesmo, e eles também se interessam", declara Bárbara. 

Os acompanhamentos são realizados a partir de grupos, no turno ou contraturno do aluno, a depender da escola. 

"Os estagiários já trazem em sua bagagem o princípio da responsabilidade do cidadão e o bom fazer pedagógico. Elas fazem com que as crianças sintam-se à vontade em um ambiente que propicia seu desenvolvimento como um todo. Por exemplo, além da atividade, também passam jogos, conversam e introduzem os princípios de alfabetização", ressalta coordenadora pedagógica da Emef Teixeira Lott, Daniela Nascimento, ao salientar o trabalho humanizado na Tutoria. 

Cursando o 5º período de Pedagogia, Bruna Barreto é tutora na Emef e diz que está sendo gratificante ver os estudantes aprendendo e evoluindo na aprendizagem.

“Estou achando esse trabalho incrível. Em uma sala de aula, muitas vezes, não é possível dar atenção ao aluno de forma mais detalhada. Quando cheguei, alguns não sabiam nem identificar o alfabeto e, agora, são leitores. Então, a gente faz um atendimento mais atrativo, com jogos, vídeos e acolhimento à cada um", relata Bruna.