Nesta quinta- feira, 22, foi realizada a entrega dos óculos dos estudantes contemplados pelo Projeto Sergipe Vê Além, uma parceria entre a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Educação (Semed), o Instituto Ver e Viver, a Sociedade Sergipana de Oftalmologia (SSO) e o Rotary Club. A solenidade ocorreu na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Dom José Vicente Távora, localizada no bairro Industrial.
As armações e lentes foram direcionadas a 126 crianças de 12 escolas municipais. Durante a solenidade, 67 alunos da Emef Dom Távora receberam as armações do Projeto, e os demais óculos foram entregues aos representantes das suas unidades escolares, presentes no evento. No total, desde 2021, cerca de 1000 alunos matriculados em turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental de 12 Emefs, com faixa etária entre 6 e 12 anos de idade, passaram por triagem e consultas oftalmológicas.
Segundo o secretário da Educação de Aracaju, Ricardo Abreu, o momento é muito especial porque famílias e instituições se unem em prol de um bem maior e da garantia do aprendizado dos estudantes.
"Com o apoio de todos os parceiros, vamos ter mais condições de avaliar melhor o desempenho dos alunos e verificar as questões de natureza visual que estavam interferindo na aprendizagem de cada um deles. A todas as entidades envolvidas neste projeto, em nome da Prefeitura de Aracaju, e de toda a Semed, deixo aqui meu abraço sincero e fraterno", explana o secretário.
Todas as crianças participantes do Projeto Sergipe Vê Além, quando houve indicação, tiveram seus óculos assegurados, com o objetivo de proporcionar o ciclo completo de correção visual aos estudantes em idade de alfabetização, fase em que possíveis problemas podem ser detectados com mais facilidade e têm impacto significativo na aprendizagem das crianças.
"Neste período natalino, fazemos muitas reflexões sobre o que realizamos durante o ano e este é o resultado de um trabalho realizado com apoio de tantas pessoas e instituições. Agradeço a todos vocês, a todos os presentes, e ao apoio de todas as entidades que puderem proporcionar esta ajuda para que a doação de lentes de correção para essas crianças tenha sido concretizada", ressalta o representante do Instituto Ver e Viver, Antônio Neto.
Parceiros
As triagens oftalmológicas ocorrem nas unidades de ensino com apoio do Rotary Club e da Liga de Oftalmologia da Universidade Tiradentes. As lentes necessárias ao projeto estão sendo doadas pelo Instituto Ver e Viver, enquanto as Óticas Pontual e Óticas óptima deram apoio à ação.
"Este dia, de entregar os óculos a cada criança a quem tivemos a oportunidade de atender, foi muito esperado. Meu agradecimento a todos que estão representando quem fez parte desse projeto. Sabemos que a taxa de baixa visão causada pela falta deste acessório é a principal causa de problema oftalmológico em todo o mundo. Só tenho a agradecer às instituições parceiras, ao secretário Ricardo Abreu e a todos os outros médicos que atenderam voluntariamente", explana a representante da Sociedade Sergipana de Oftalmologia (SSO), Lusa Reis.
O cronograma de triagens foi organizado conforme disponibilidade de cada unidade de ensino, da Liga e do Rotary. Os ligantes e o Rotary Club procederam à triagem nas turmas de 1º a 5º ano do Ensino Fundamental, com alunos da faixa etária entre 6 e 12 anos de idade, através do Teste de Snellen. O projeto Sergipe Vê Além também contou com o apoio do Hospital Neo oftalmologia, do Hospital de Olhos de Sergipe, do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU/UFS), da Clínica Medicina Ocular e do Laboratório Visolab
Olhar de mãe
Mãe do aluno Rafael Santos, que cursa o 2º ano na Emef Dom Vicente Távora, Andreza Azevedo diz que o projeto foi de suma importância para o filho, já que o menino já vinha apresentando dificuldades na leitura.
"Agradeço muito por ele está fazendo parte disso hoje e recebendo óculos adequados para a necessidade dele. Ele está muito animado e fico feliz que outras crianças também estejam recebendo essa ajuda", expressa.
Gilvânia dos Santos é mãe da aluna Cibele Micaela, também da Emef Dom Távora. Ela diz que o óculos auxiliará não somente no desempenho escolar da filha, como poderá sanar problemas de saúde da garota.
"Ela vinha se queixando de muita dor de cabeça e dificuldade de enxergar o que havia no quadro quando estava mais distante, até pedi para a professora dela colocá-la sentada mais à frente, em sala de aula. Óculos para ela estava em torno de R$ 600 reais, então, graças a Deus, é uma ajuda e tanto", relata.
