Moradores das Mangabeiras comemoram início da construção do residencial

Obras e Urbanização
19/01/2023 15h00

“Realização de um sonho”. É assim que os futuros moradores do novo conjunto residencial Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres descrevem a sensação de acompanhar o início da obra, que está sendo executada pela Prefeitura de Aracaju, no bairro 17 de Março, após autorização dada pelo prefeito Edvaldo Nogueira, na última segunda-feira, 16.

Serão construídas, ao todo, 1.320 residências. A Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) iniciou os serviços referentes à primeira etapa, em que serão erguidas 608 unidades habitacionais, sendo 568 unidades padrão, 32 do tipo acessível e mais 8 do tipo acessível isolada.

Cláudia Andrade fala em “gratidão”. “É o início de um sonho. Todo mundo que mora em favela sonha em ter uma casa digna. Me sinto realizada e agradecida à Prefeitura, que cumpriu a promessa. A gente sempre teve esperança, e agora estamos realizando nosso maior desejo”.

Para Paulino dos Santos Junior, é importante a percepção de que a vida vai mudar. “Só tenho a agradecer por essa conquista. Nossa expectativa está alta, estou muito feliz de ver a obra já começando. A gente passou por muita humilhação na antiga comunidade, não tinha água e luz. Mas agora vai ser diferente”.

Para viabilizar esta etapa da obra, a gestão municipal investe R$ 46.463.022,82, a partir do programa Pró-Moradias, do Governo Federal. Além das novas residências, o local contará com uma Reserva Extrativista, para preservação e cata sustentável da mangaba.

Adriano Vital Lima dos Santos é uma pessoa com deficiência e elogia o modelo de casas acessíveis. “A gente tinha uma vida miserável, e a Prefeitura hoje nos dá a oportunidade de ter moradia própria, no local onde a gente vivia. Não via a hora de isso acontecer. É um sonho realizado de ter uma vida digna. Agora vai ser ainda melhor, a minha casa vai ser maior, acessível, vai ter espaço para minha cadeira de rodas. Antigamente vivia até com lama dentro de casa, mas agora vou ter dignidade”, diz esperançoso.

Jackson Muller é um dos líderes da comunidade, e ressalta a conquista para os moradores da antiga ocupação. “Temos muito a agradecer. Essas famílias sofriam muito aqui dentro, mas agora estamos comemorando essa vitória, estamos realizando um sonho. A comunidade está feliz porque vai nascer uma nova vida. É tudo muito bonito, antigamente era tudo barraco, mas vai surgir um conjunto habitacional. É muito importante, é um grande presente. Ainda tem a Reserva Extrativista, que vai ajudar na nossa renda familiar”.

As unidades habitacionais são do tipo sobrepostas, e serão compartimentadas por sala, dois dormitórios, cozinha e área de serviço. Nesta etapa, a área construída corresponde a 30.237,76 m². As residências do tipo acessível isolada serão adaptadas para pessoas com necessidades especiais, com o diferencial de não serem incluídas no modelo sobreposto.