Saúde mental foi o tema de uma ação socioeducativa promovida na tarde desta quarta-feira, 1º, com mães de usuários do Programa Criança Feliz (PCF), gerenciado na capital sergipana, pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social. A ação ocorreu no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Santa Maria, equipamento socioassistencial referência do Programa no bairro.
Atualmente, cerca de 100 crianças, entre 0 e 3 anos de idade, residentes do bairro Santa Maria, são acompanhadas pelo programa do governo federal. De acordo com a supervisora do PCF, Nayana Souza, a atividade acontece em alusão ao Janeiro Branco, mês da campanha nacional que busca chamar a atenção sobre a saúde mental e seus impactos na vida da população.
“Como temos estagiários de psicologia, nada melhor do que esses profissionais fazerem uma intervenção com as visitadoras e mães dos nossos assistidos. O objetivo é discutir sobre o tema e auxiliá-las no processo de autoconhecimento, para enxergar quais seus pontos positivos e negativos, suas habilidades, além de ser uma forma de valorizar o trabalho executado pelo corpo profissional da pasta”, destacou.
A atividade foi dividida em duas partes, e na primeira delas, o tema foi discutido com uma dinâmica na qual as mães colocaram dentro de um balão branco, simbolizando a cor que representa a campanha, palavras sobre seus pontos positivos e negativos. Em sua maioria, elas tiveram dificuldade em reconhecer seus pontos positivos. Já na segunda parte, foi feita a dinâmica da teia com o uso de um barbante, brincadeira em que um grupo de pessoas faz um círculo e os participantes reconhecem a qualidade uns dos outros.
A dona de casa Gleice Paula Passos é mãe de cinco filhos. O caçula, de apenas dois anos de idade, é acompanhado pelo PCF desde o seu nascimento. Ela se interessou em participar por já ter enfrentado um distúrbio mental.
“Me identifico com o tema, porque sabia que seria bom. Sempre participei das atividades. Eu passei por alguns problemas psicológicos, sofria depressão, cheguei a ir no psicólogo e no psiquiatra para fazer tratamentos e hoje estou bem melhor. Sempre procuro estar me envolvendo com coisas boas porque faz bem para a nossa saúde mental”, disse.
A dona de casa Bianca Marques, mãe da pequena Maya, de apenas um ano de idade, gostou de participar. “Para aprender sobre a vida, me manter informada. Às vezes, sinto vontade de chorar sem nenhum motivo, com ansiedade, aí eu vim porque sabia que as meninas poderiam me ajudar de alguma forma”, disse.
