Com o Consultório na Rua, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), desenvolve atividades em espaços públicos e realiza busca ativa de população em situação de rua. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e tem como sede administrativa a Unidade Básica de Saúde (UBS) Maria do Céu, localizada na rua Maruim, no Centro.
De acordo com a coordenadora do Consultório na Rua, Jayane Trindade, o programa nasceu para fomentar a garantia de direitos da população em situação de rua. Em 2022, destaca ela, o serviço realizou 3,5 mil atendimentos.
“Nosso principal objetivo é possibilitar o acesso dessas pessoas à rede de saúde, fazendo encaminhamentos e articulações, entendendo a saúde não apenas como o tratamento de doenças, mas a partir de sua compreensão como direitos humanos e sociais. Dessa forma, o Consultório na Rua é a ponte e vínculo dessas pessoas em situação de rua com os equipamentos e políticas públicas necessárias”, explica.
Atendimentos e dados
A partir de ações itinerantes em todas as regiões da capital, as equipes do Consultório na Rua realizam testes rápidos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs); acompanhamentos de pré-natal, de tratamento de tuberculose, hanseníase, sífilis, hepatite, HIV e outras doenças; atendimentos de diabetes e hipertensão; aplicação de vacinas, incluindo a da covid-19; encaminhamentos para documentação; e aconselhamento sobre álcool e outras drogas.
No ano passado, o projeto assegurou atendimento multiprofissional a 2.403 pessoas do sexo masculino e 1.145 pessoas do sexo feminino, como detalha a coordenadora Jayane Trindade.
“No ano passado foram realizados diversos atendimentos, sendo 22 em pré-natal, 96 em diabetes, 75 em hipertensão, 15 em obesidade, 9 com necessidades de puericultura, 7 em puerpério, 662 atendimentos em reabilitação, 467 encaminhamentos para cuidados em saúde mental, 467 em situação de uso de álcool e 500 atendimentos para outras drogas. Sobre positividade em doenças transmissíveis, o Consultório na Rua atendeu 106 para ISTs, 1 para hanseníase e 220 para tuberculose. Além disso, foram realizados exames de rastreamento, sendo 1 para câncer de mama e 26 para câncer do colo do útero”, pontua.
As ações são desenvolvidas entre abrigos, ruas e outros locais, para que as equipes de enfermeiros, assistentes sociais, técnicos de enfermagem, médico clínico e psicólogos possam acolher essa população.
