Prefeitura garante diagnóstico e tratamento para tuberculose na rede municipal

Saúde
22/03/2023 17h00

Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, 24 de março, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), alerta a população sobre a importância da prevenção, identificação precoce e cuidados com a doença. Em 2022, foram confirmados 334 casos na capital sergipana e nestes primeiros meses de 2023 outros 55 casos de tuberculose já foram registrados na cidade.

“A tuberculose é uma doença bacteriana e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. A pessoa que apresenta a doença normalmente tem febre vespertina, emagrecimento, fadiga e tosse recorrente. O ideal é que a pessoa rapidamente procure sua Unidade Básica de Saúde de referência, de forma que possa ser avaliada pela equipe de profissionais, inclusive sendo testada para comprovar se é o caso de tuberculose ou não”, explica a coordenadora do Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Tuberculose e Hanseníase, Débora Oliveira.

A tuberculose é classificada em três formas: a forma pulmonar, que atinge o pulmão; a forma extrapulmonar, que atinge qualquer outro órgão, exceto pulmão; e a forma pulmonar mais extrapulmonar, quando o indivíduo é afetado pela tuberculose no pulmão ou em outro órgão.
 
“Grande parte dos casos de tuberculose é da forma pulmonar, em que o principal sintoma é a tosse, que pode ser seca ou produtiva, por isso, para diagnóstico precoce, recomenda-se que todo sintomático respiratório, pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigado para a doença”, alerta a coordenadora.

Diagnóstico e tratamento

A confirmação da doença é realizada por exames bacteriológicos (baciloscopia e cultura) e Teste Rápido Molecular (TRM), assim como também são utilizados exames auxiliares, como os de imagem, histopatológicos e bioquímicos.

No caso da tuberculose pulmonar, a infecção mais comum, o usuário será encaminhado para o tratamento, que consiste no acompanhamento médico, exames periódicos e medicação específica, na UBS da região.

Na Rede Especializada, localizada no Cemar Siqueira Campos, são atendidos os casos de tuberculose extrapulmonar ou pacientes que apresentam reação da medicação do tratamento iniciado na Unidade Básica de Saúde.

“No Cemar, os pacientes são atendidos e acompanhados por uma equipe multiprofissional, assistente social, enfermagem, nutricionista e médico pneumologista. A tuberculose tem cura, desde que diagnosticada precocemente e tratada corretamente junto à adesão do paciente. O tratamento tem uma duração mínima de seis meses e sob nenhuma hipótese a pessoa infectada deve abandonar o tratamento antes do tempo, mesmo que os sintomas tenham desaparecido”, enfatiza Débora.