O programa Aju Animal, realizado pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), já esterilizou 440 felinos, dos quais 62% são fêmeas. Considerando que a fêmea pode ter até quatro ninhadas no período de um ano, a castração de felinos em situação de vulnerabilidade é uma das atividades mais relevantes desta política pública para o controle populacional dos animais na cidade.
Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, Alan Lemos, o foco do Aju Animal é o bem-estar e a promoção da saúde animal de cães e gatos no município de Aracaju, sobretudo aqueles em situação de risco e abandono.
“Com base nesse objetivo, definido no próprio Planejamento Estratégico do município, foi desenvolvido este programa, que tem como um dos eixos fundamentais a castração. Neste eixo, já estamos bem acelerados e vamos avançar muito nos próximos dias, pois teremos a entrada do Hospital da Universidade Federal de Sergipe que vem para acelerar ainda mais no processo de castração, sobretudo de cães. A partir de agora, estaremos também iniciando o processo de cadastro de abrigo temporário, com o objetivo de proteger os animais em vulnerabilidade, oferecendo saúde básica e posterior encaminhamento a adoção”, detalha Alan.
Para a coordenadora do programa Aju Animal, Marília Castaneda, a partir do momento em que o animal está em situação de vulnerabilidade e em estágio de maturidade sexual, sua reprodução acontece de maneira desenfreada. “Aproximadamente, 280 fêmeas foram castradas, resultando em torno de 4,4 mil filhotes a menos em um ano, então é uma escala crescente que está sendo interrompida. Por isso, além do controle populacional, a castração evita doenças, resultando em uma vida mais longa e de qualidade para o animal”, destaca.
No intuito de prestar atendimento eficiente, ressalta a coordenadora, o programa executa quatro eixos. "O primeiro deles é o atendimento básico de saúde, em que os animais cadastrados na plataforma AjuInteligente são encaminhados, por meio de agendamento prévio, para consulta veterinária. Caso o animal não seja castrado, um novo encaminhamento será dado para que ele passe pela esterilização, que é o segundo eixo do Aju Animal. Com isso, por estarmos priorizando animais em situação de vulnerabilidade, automaticamente esse pet estará apto para ser conduzido ao abrigo temporário, inserindo-se, dessa forma, no terceiro eixo do Aju Animal e, assim, finalizando o fluxo temporal com o quarto eixo que se concretiza quando o animal é adotado”, pontua Marília Castaneda.
Critérios para castração e abrigo temporário
De acordo com a coordenadora técnica do programa, Anne Carollyne Costa, o cadastro deve ser feito na plataforma AjuInteligente, anexando toda a documentação que é solicitada. Para felinos serem castrados no programa Aju Animal é necessário que o pet possua uma faixa etária mínima de 5 meses, uma vez que, ao atingir essa idade, os machos já estarão com o desenvolvimento urinário completo e as fêmeas já terão iniciado a fase da puberdade, conforme orienta a técnica.
"Isto posto, o animal precisa ser residente da cidade de Aracaju e após passarem pelos trâmites de cadastro, no Portal AjuInteligente, e aprovação realizada pela Sema, os animais serão encaminhados para a clínica veterinária, onde passarão por uma consulta e avaliação física, e ao estarem aptos para o procedimento, a cirurgia será realizada”, completa Anne Carollyne.
Já para o cadastro de abrigo temporário de cães e gatos, salienta ela, os tutores devem atender a três requisitos mínimos: não ter nenhuma condenação judicial motivada por maus-tratos a animais; não possuir vínculo empregatício junto ao poder público; e ser residente de Aracaju. "Além disso, é realizada visita à residência do candidato a tutor para averiguar se o local está apto para receber os animais” explica Carollyne.
Fotos: Ascom / Sema
secretário Alan Lemos
Marilia Castaneda, coordenadora do Programa Aju Animal.
Anne Carollyne, coordenadora técnica do Programa Aju Animal
Gatinho recebendo os cuidados do pos operatório.