A partir desta segunda-feira, 17, a maternidade Lourdes Nogueira amplia os serviços de saúde na capital sergipana. Um dos serviços ofertados é o acolhimento de vítimas de violência sexual. Com equipe composta por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, a maternidade acolhe, também, a população adulta LGBTQIAPN+ vítima de violência sexual.
O serviço dialoga com acolhimento, já ofertado pela Secretaria Municipal da Saúde, às pessoas transexuais, travestis, transgêneros e não binário que necessitam do Sistema Único de Saúde (SUS), nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Oswaldo de Souza, no bairro Getúlio Vargas, e Roberto Paixão, no 17 de Março.
“Caso este atendimento ultrapasse os limites de recursos da maternidade, o paciente será encaminhado aos serviços que compõem as redes de atenção à saúde para continuidade do atendimento, para que o cuidado seja integral a essas pessoas. Quem for atendido na maternidade terá a certeza de que será tratado, entendendo as suas particularidades de saúde, o seu modo de viver e existir, agregando todos os graus das políticas públicas de saúde. A criação desse serviço que contempla o recorte de gênero, é a comprovação da sensibilidade da gestão com a pauta LGBTQIAPN+ e as mulheres, deixando bem nítido que a Prefeitura sempre vem procurando garantir esses espaços dos grupos vulneráveis”, explica a assessora técnica da Diretoria de Inteligência em Saúde da SMS, Chenya Coutinho.
Horário do acolhimento e documentação
O serviço de acolhimento às vítimas de violência sexual na maternidade é porta aberta e está sendo ofertado de segunda segunda, no regime de plantão 24 horas. O documento para a realização do atendimento é o cartão SUS.
Serviço de Acolhimento à Saúde Trans nas UBSs
A Saúde de Aracaju oferece acolhimento às pessoas transexuais, travestis, transgêneros e não binário que necessitam do Sistema Único de Saúde (SUS), o Serviço de Acolhimento à Saúde Trans de Aracaju (SAST AJU) nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Oswaldo de Souza, no bairro Getúlio Vargas e Roberto Paixão, no 17 de Março. Dias e horários e quantas pessoas já foram atendidas desde a implantação.
“O serviço é realizado segundo as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, instituída desde o ano de 2011 pela Portaria nº 2.836/11. Nosso objetivo é aproximar esse público dos serviços de saúde e construir um processo de vinculação para o cuidado dentro da lógica de territorialidade”, enfatiza a coordenadora do Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps), Tácia Suane Martins.
Acesso ao serviço
Os interessados deverão realizar o agendamento de segunda a sexta-feira, em horário comercial, pelo telefone 0800 729 3534, e selecionar a opção 8, que é destinada ao Serviço de Acolhimento à Saúde Trans de Aracaju. No momento da ligação, o paciente poderá informar em qual das duas unidades deseja receber o atendimento.
Na data agendada, as pessoas devem dirigir-se até a recepção da UBS indicada com RG, CPF, comprovante de residência e informar que dispõe de consulta agendada. A partir daí, elas poderão receber os serviços disponíveis naquela unidade, como consulta clínica, realização de testagens e exames, atendimento odontológico, tudo aquilo que pode ser ofertado no âmbito da Atenção Primária.
Violência sexual
Trata-se de qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força. Tais como estupro; obrigar a pessoa a fazer atos sexuais de forma não consentida e/ou que causam desconforto ou repulsa; impedir o uso de métodos contraceptivos ou forçar a mulher a abortar etc.
O objetivo maior dessa ação é ofertar serviços a esta população de forma acolhedora, destacando que é uma ação inovadora no município e que garantirá os direitos desta população.
